A política sempre teve um papel principal nas rodas de conversas e debates em Campos. ‘Lados políticos’ sempre existiram, assim como ataques pessoais se tornaram normais ao longo do tempo – sendo de baixíssimo nível em algumas ocasiões -, com apelidos difamatórios e provocações entre os políticos, principalmente em período eleitoral. Mas o que vemos na politica campista em 2017, é algo que chama a atenção pela baixaria e falta de amor ao próximo.
Com a vitória de Rafael Diniz em 2016, um novo tipo de política ficou ainda mais evidente em Campos: A política de usar as pessoas para atingir objetivos pessoais. O prefeito Rafael Diniz chega ao seu sexto mês de governo com decisões que podem ser contestadas e o debate deverá sempre existir, já que é assim que funciona uma democracia. Mas o que chama a atenção negativamente até aqui, não é o prefeito suspender benefícios sociais temporariamente, e sim, a forma como algumas pessoas da oposição vem atuando para tentar conquistar a simpatia da população e baixar a popularidade da atual gestão.
Que Campos é um município com dificuldades e forte desequilíbrio social, isso já sabemos. Mas usar a imagem de uma família em situação de rua com o único objetivo de atacar uma gestão, nos faz refletir sobre o atual cenário político municipal. Filmar uma família nessa situação, com a intenção apenas de criticar o governo, e em nenhum momento buscar uma ajuda para aquela família, mostra que a atual situação do município é apenas um reflexo da política exercida nas últimas décadas em Campos.
Pessoas ligadas à um grupo político que hoje passam o dia criticando em redes sociais, em momento nenhum faz isso em prol da população. O único objetivo é criticar para passar a imagem de que “nós eramos melhores”, mas esquecem que o discurso é hipócrita e que o que criticam hoje, foi deixado por eles. Ver ex-vereador criticar esgoto a céu aberto que existe há 10 anos, sendo que se trata de um ex-vereador que ficou na Câmara nos últimos 8 anos, e não fez nada para que aquela situação fosse evitada, mostra que o medo de cair no esquecimento já começa afetar o emocional e o mental.
Campos passa por sua maior crise financeira da história, mas também passa por sua maior crise política e moral. Uma Câmara Municipal que em 6 meses, teve um rodízio histórico de 35 vereadores, número este que pode ser ainda maior nos próximos meses, já que existem vereadores ‘provisórios’. O maior escândalo eleitoral da história do município vem sendo investigado. Delações de executivos da Odebrecht envolvendo o nome da cidade de Campos e políticos locais. Seguidas ‘vendas do futuro’. Escândalos e investigações até em obras de calçadas. Tudo isso teve como contrapartida o endividamento do município, o aumento da violência, a degradação da saúde, sucateamento da rede de ensino municipal, entre outros diversos problemas graves do município.
Mesmo com todos os problemas citados acima, poucas soluções são tomadas e vereadores – vale destacar que de oposição e situação – ocupam a tribuna para fazer moções de aplauso para aniversariantes e até datas comemorativas, com sessões custando quase R$ 100 mil aos cofres públicos.
A crise é geral! Financeira, política, ética e moral. E só quem perde, é o campista. Até quando os protagonistas da política campista vão entender que o objetivo deve ser o bem da sociedade, e não o interesse pessoal ou de um grupo político? Até quando o povo vai aguentar uma política barata e demagoga?