O magistrado Glaucenir Silva de Oliveira, da 3ª Vara Criminal de Campos, decidiu por arquivar o processo contra o ex-prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber, pelos supostos crimes relativos as contratações irregulares de eventos artísticos, ocorrendo, que gerou a operação Telhado de Vidro. O Ministério Público já havia optado pelo arquivamento no ano de 2020.
Na decisão, Glaucenir argumenta que caso fosse condenado, já havia passado o tempo legal para o cumprimento da pena. “Considerando a pena prevista para o tipo (2 a 12 anos de reclusão), tenho que resta a conduta prescrita pela pena ideal, de aplicação em casos excepcionais, quando demonstrado nos autos, como no caso, que seria infrutífera a prolação de sentença meritória de cunho condenatório”.
OPERAÇÃO TELHADO DE VIDRO
A operação Telhado de Vidro da Polícia Federal iniciada aconteceu em março de 2008, em Campos, onde foram presos o procurador-geral do município de Campos, Alex Pereira Campos; o secretário de Obras do município, José Luiz Púglia; o assessor do prefeito de Campos, Edilson Quintanilha; o coordenador de bolsas de estudo da prefeitura, Francisco de Assis Martins, e um empresário. O secretário de Fazenda de Campos, Carlos Edmundo de Oliveira, também teve a prisão decretada, mas durante a operação estaria no exterior.
Os mais de 150 agentes da PF cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos áreas de Campos. As acusações eram de formação de quadrilha, superfaturamento de obras e fraudes em licitações públicas. Um agente da PF esteve também na casa Alexandre Mocaiber, prefeito de Campos.
Os detidos na operação saíram de Campos em um avião da Polícia Federal e foram encaminhados para o Rio de Janeiro.