(FOLHAPRESS) – O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a Enel, concessionária de energia, tem que sair da cidade de São Paulo e que ele vai trabalhar para que isso aconteça.
Nunes afirmou que já vem trabalhando por isso como presidente do consórcio das cidades da região metropolitana.
“Eu já vinha fazendo essa ação e, agora reeleito, com essa votação expressiva, portanto, inegavelmente, com muito mais peso político, eu começo, junto com o Tarcísio [de Freitas, governador], com mais força ainda para tirar essa empresa daqui. Essa empresa tem que sair da cidade de São Paulo, a Enel tem que sair daqui”, afirmou em entrevista ao Bom Dia SP, da TV Globo.
Nunes afirmou que vai fazer pressão política para que isso aconteça.
“É justamente essa questão da pressão política. O governo federal, o presidente da República, esse péssimo ministro de Minas e Energia têm que tomar uma atitude. O contrato é claro, a concessão é federal, a regulação é federal e a fiscalização é federal. Então o governo federal precisa olhar para a população de São Paulo e tirar essa empresa daqui. Nós temos que fazer uma ação para ter uma nova empresa com responsabilidade”, afirmou o prefeito reeleito.
Apesar de afirmar ter intenção de não aumentar a tarifa de ônibus no próximo ano, Nunes não se comprometeu a manter o valor em R$ 4,40, valor praticado desde 2020.
“Quando chega em dezembro, que a gente pega todos os dados do subsídio, o valor do diesel e a questão da política pública de mobilidade, pra tomar uma decisão. Então, em dezembro eu sento com a equipe para tomar a decisão se a gente consegue manter. É a minha vontade. Ou se não consegue manter, explicar porque não vai manter. Mas é o meu desejo. Se está durante quatro anos congelado é porque eu tenho esse tipo de política”, disse.
Nunes disse que ainda não conversou com o vice-prefeito eleito, Ricardo de Mello Araújo, ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da PM), sobre o papel que ele vai ocupar no governo, mas que pensa em tê-lo em alguma secretaria.
“Eu imagino previamente que talvez o Coronel Mello possa ter uma secretaria executiva para cuidar de pontos específicos. Ele traz uma bagagem muito importante. Então, talvez uma secretaria executiva em que ele possa me ajudar na questão da segurança pública, pode me ajudar na questão de zeladoria, ou seja, acompanhar mais de perto algumas políticas públicas que a gente está desenvolvendo e vai desenvolver mais específicas, que eu chamo de ações prioritárias”, afirmou.
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