Vitória Pinto dos Santos Martins, estudante do 6° ano da Escola Municipal Professora Wilmar Cava Barros, do Jóquei Clube, em Campos, conquistou o 3° lugar na Olimpíada Brasileira de Matemática em Libras (OBMLibras), recebendo medalha de bronze. Ela é a única estudante surda campista a alcançar esse feito. A prova foi realizada no dia 23 de outubro, de forma on-line, por meio de contas numéricas de matemática.

A mediadora de Vitória, professora de Libras surda oralizada, Fernanda Velasco de Souza, foi a responsável pela inscrição da menina na OBMLibras e lembrou que a premiação vai acontecer virtualmente no dia 11 de novembro, às 19h, com a presença de alunos, professores e convidados especiais.

“O uso da Libras no componente curricular promove a inclusão de estudantes surdos em salas de aula regulares, garantindo que eles tenham acesso igualitário à educação matemática, cuja disciplina desempenha um papel fundamental na promoção da acessibilidade e inclusão de alunos surdos, permitindo que eles participem iniciamos as aulas e compreendemos os conceitos matemáticos, por meio da Libras, de maneira significativa”, destacou a educadora.

Mãe de Vitória, Maria José Pinto dos Santos falou sobre a conquista. “Essa medalha de bronze foi muito importante para mim e para minha filha. Não importa que ela tenha ficado em 3º lugar, e sim, saber que a escola está fazendo o melhor para o desenvolvimento dela. É a primeira escola de Campos que teve o interesse de ajudar no aprendizado dela. Vitória está muito feliz por sua primeira medalha e eu, como mãe, muito orgulhosa da minha filha e muito grata pela escola e todos os funcionários que estão empenhados na educação dela”, comentou.

Vitória garantiu que está radiante. “Estou muito feliz pela minha conquista, foi muito importante para mim, agradeço a minha mediadora Fernanda por sempre estar me incentivando e ensinando que eu posso aprender cada vez mais”, declarou.

OBMLibras — A Olimpíada Brasileira de Matemática em Libras é a primeira e única competição científica de âmbito nacional realizada completamente em Língua Brasileira de Sinais (Libras). A prova é feita anualmente em escolas públicas e privadas com estudantes surdos em todas as regiões do Brasil. Os alunos recebem o acesso a uma plataforma com as questões gravadas em vídeo, elaboradas por professores surdos e ouvintes.