Um vendedor ambulante foi morto com um tiro no rosto na noite desta terça-feira (4) de carnaval, segundo a Polícia Civil, depois de uma discussão com um cliente em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. O crime ocorreu em meio a uma multidão durante o último dia de trios elétricos na Praia do Forte, um dos pontos mais procurados pelos foliões.
Segundo testemunhas, a confusão começou quando um folião questionou o preço cobrado pelos produtos vendidos pelo ambulante Elísio Albino dos Santos.
Durante a discussão, Elísio teria sacado uma faca, o que levou o cliente a deixar o local. Minutos depois, ele retornou armado e efetuou um único disparo, que, segundo a polícia, acertou a bochecha da vítima.
Elísio chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Central de Emergência (HCE). De acordo com a Prefeitura de Cabo Frio, devido à gravidade do ferimento, ele foi transferido para o Hospital Regional de Araruama, mas morreu no caminho.
Durante o recolhimento do material do ambulante, a equipe da Prefeitura de Cabo Frio, encontrou uma arma de brinquedo quebrada no chão.
Segurança reforçada e buscas por envolvidos
De acordo com a Polícia Civil, o autor do disparo é um turista do Estado de Minas Gerais. Ele estava na companhia de outro homem quando discutiram com o ambulante, ainda segundo a polícia, se recusando a fazer o pagamento de bebidas, ameaçando a vítima, dizendo que eram “envolvidos em BH”.
A polícia conseguiu prender em flagrante um dos suspeitos de envolvimento no crime, citado como coautor. Ele foi reconhecido por testemunhas. Ainda segundo a polícia, em pesquisa no sistema prisional, foi possível identificar que o preso possui diversas anotações criminais no estado de MG, inclusive pelos crimes de roubo e receptação.
Ele foi enquadrado no Artigo 121, parágrafo 2°, inciso 2° do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil) e permanece detido na 126ª Delegacia de Polícia. As buscas seguem pelo homem que atirou no ambulante.
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou que a ação rápida das forças de segurança – polícias Civil e Militar e SMOP – ajudou na identificação dos dois suspeitos do estado de Minas Gerais.
A 126ª DP, que está conduzindo as investigações, disse que, segundo informações preliminares, Elísio era conhecido na região e vendia balas e chicletes nos blocos de rua. Populares relataram que ele costumava ter um comportamento difícil, mas reforçaram que nada justifica a violência sofrida pela vítima.
A morte de Elísio gerou comoção entre os frequentadores da festa e outros ambulantes que trabalhavam no local. Em nota, a Prefeitura lamentou o ocorrido e afirmou estar acompanhando as investigações para garantir que os responsáveis sejam presos.
“Manifestamos nossas mais sinceras condolências à família e amigos neste momento de dor. Desde o ocorrido, seguimos em diligências para garantir que os envolvidos sejam responsabilizados. Um dos suspeitos já foi preso em flagrante, e as buscas continuam.”
Fonte: g1
