O Governo do Rio de Janeiro informou, na manhã desta segunda-feira (22), que as ações de vigilância foram intensificadas após um caso de influenza aviária (H5N1) ter sido registrado em um pássaro silvestre em São João da Barra, no Norte Fluminense.
O poder estadual orientou que o manejo de aves silvestres seja feito por profissionais habilitados e com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Uma nota técnica foi emitida aos 92 municípios do estado. O trabalho de monitoramento e orientação fica a cargo das secretarias de Saúde e Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento.
A ave contaminada é da espécie Thalasseus acuflavidus, popularmente conhecida como trinta-réis-de-bando, e vinha sendo monitorada desde sexta-feira (19) quando foi encontrada.
Não há registro de casos de H5N1 em humanos no Brasil até a última atualização desta reportagem, porém as secretarias municipais estão em alerta para monitorar possíveis casos. Doze pessoas tiveram contato com a ave contaminada. A Secretaria Estadual de Saúde informou que 4 apresentaram sintomas respiratórios e tiveram amostras coletadas.
Até o momento, não há confirmação de contaminação em humanos.
O material foi levado para o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) no domingo (21). E serão encaminhadas nesta segunda à Fiocruz, onde fica o laboratório referência para o caso.
O caso é acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Campos dos Goytacazes, com apoio técnico do CIEVS da Secretaria Estadual de Saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem se dar por meio do contato direto com aves infectadas, sendo vivas ou mortas.
De acordo com técnicos de Vigilância em Saúde, não há motivos para preocupação com uma epidemia neste momento.
A Secretaria de Saúde orienta ainda que, nas unidades de saúde, os profissionais suspeitam de casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com esses animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico. Nesses casos, a coleta de amostras é recomendada.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, foram confirmados 5 casos de H5N1 em animais. Contudo, as aves contaminadas no Brasil são migratórias, e não fazem parte do sistema industrial brasileiro. Isso significa que os frangos e os ovos disponíveis nos supermercados não foram impactados.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contaminação entre humanos é baixo, mas as ações de prevenção são importantes porque a circulação contínua da doença tem o potencial de gerar mutações no vírus, tornando-o mais contagioso.
Fonte: g1