Informações colhidas durante as investigações do assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, assassinado no Centro do Rio em fevereiro, apontaram que o dono de um site de apostas esportivas online foi obrigado a deixar o Rio de Janeiro por “intervenção” da contravenção”, incluindo ameaças. A empresa era representada pelo escritório onde Rodrigo trabalhava.
Segundo o MP, a morte do advogado seria um “recado” de bicheiros contra possíveis investidores do mercado de apostas online.
As investigações ainda vão apurar se há uma relação direta entre as ameaças e o homicídio, e qual foi o teor das ameaças.
Segundo depoimentos de várias testemunhas, Rodrigo estava muito engajado na legalização de apostas online antes de morrer. A polícia investiga se disputas ligadas ao setor podem ser uma possível motivação do assassinato da vítima.
A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça. Os três que já foram presos por participação no crime tiveram a prisão preventiva decretada.
Lenzi é sócio de um escritório de direito que atua diretamente no setor de legalização de jogos de azar no Paraná. Ele foi intimado pela DH da Capital para prestar depoimento.
No relatório de indiciamento de três suspeitos por participação no assassinato de Rodrigo, os delegados Rômulo Coelho e Alexandre Herdy, afirmam que ainda não sabem se o fato tem relação com o assassinato.
No entanto, o documento aponta que testemunhas ouvidas pela polícia indicavam a participação da vítima e do escritório com o setor de bets, algo que inicialmente não foi relatado à polícia.
participação de cada um dos denunciados
Leandro Machado da Silva: policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime.
Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
Eduardo Sobreira Moraes: É apontado pela polícia como o responsável por seguir os passos de Rodrigo, dirigindo o carro para Cezar enquanto acompanhavam a movimentação da vítima antes do assassinato.
No dia 9 de abril, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão contra Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, atual patrono do Salgueiro; e outras oito pessoas investigadas no inquérito da morte de Rodrigo Marinho Crespo.
Fonte: G1