Ascensão de Leão 14 frustra ultradireita nos EUA, que chama o papa de marxista

JULIA CHAIB
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A eleição do cardeal Robert Prevost, 69, como o primeiro papa americano da história ocorreu dias após uma romaria de católicos conservadores dos Estados Unidos em Roma. O resultado, porém, acabou frustrando religiosos de direita apoiadores de Donald Trump.

 

Apesar de Trump ter parabenizado publicamente Prevost, agora papa Leão 14, os eleitores mais radicais do movimento Maga (acrônimo em inglês para “faça a América grandiosa novamente”) demonstram crescente insatisfação. O sentimento dominante é de derrota cultural, em uma Igreja que, mesmo com forte presença conservadora entre seus membros, escolheu como líder um pontífice que já sinalizou compromisso com o combate à intolerância e à exclusão social.

Laura Loomer, uma das figuras mais conhecidas da ultradireita americana, foi uma das primeiras a reagir nas redes sociais. “O novo papa uma vez retuitou uma publicação pedindo orações por George Floyd, um criminoso reincidente e viciado em drogas”, escreveu em postagem no X, citando o homem negro cujo assassinato por um policial branco deu origem a uma onda imensa de protestos antirracistas globais.

“O tuíte dizia: ‘Que todo ódio, violência e preconceito sejam erradicados’. Que preconceito? Isso é outra forma de escrever overdose de fentanil? Papa marxista”, atacou a influenciadora.

Ela também citou nas redes sociais mensagens compartilhadas pelo papa em defesa dos imigrantes, reclamando que ele seria a favor “de fronteiras abertas”, ou seja, contra as políticas adotadas por Trump na área. “Não preciso ser católica para ver com meus próprios olhos. Não há nada para celebrar.”

Outro a criticar o papa Leão 14 foi Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca e influente figura na ultradireita mundial. Segundo ele, a eleição de Prevost foi a “pior possível” para católicos que apoiam Trump, e o novo pontífice foi “escolhido pelos globalistas do Vaticano”.

Bannon havia previsto a eleição de Prevost uma semana atrás, quando disse ao jornalista britânico Piers Morgan que o bispo americano naturalizado peruano seria a escolha das “forças ocultas” que comandariam a Igreja Católica com o objetivo de “aprofundar o globalismo”.

A eleição de Prevost aconteceu poucos dias após uma série de eventos em Roma promovidos por grupos conservadores americanos, como parte da chamada America Week -semana anual de arrecadação de fundos para projetos católicos, promovida pela Papal Foundation, entidade que historicamente apoia o Vaticano com grandes doações privadas.

Neste ano, a semana coincidiu com o funeral do papa Francisco, em 26 de abril, e o início do conclave que escolheu seu sucessor. Entre os dias 29 de abril e 3 de maio, mais de 80 benfeitores da Papal Foundation, conhecidos como Stewards of Saint Peter (guardiões de são Pedro), estiveram em Roma em peregrinação por ocasião do Ano Jubilar, entrando pelas Portas Santas das quatro grandes basílicas da capital italiana.

Durante a viagem, a fundação anunciou a liberação de US$ 14 milhões em doações e ajuda humanitária para projetos ligados à Igreja. A entidade é presidida atualmente por Ward Fitzgerald 3º, empresário e apoiador de causas conservadoras, enquanto o novo presidente do conselho é o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York e aliado de Trump. Dolan liderou a peregrinação e tem um histórico de declarações alinhadas à ala tradicionalista da Igreja.

A presença massiva de católicos americanos conservadores na capital italiana às vésperas do conclave gerou especulações sobre uma possível tentativa de influenciar os rumos da Igreja no pós-Francisco. Segundo o jornal The New York Times, diversos outros grupos conservadores estiveram em Roma no mesmo período, como o NAPA Institute, um think tank católico dos EUA que promove encontros entre empresários, religiosos e líderes conservadores -um desses encontros incluía o cardeal James Harvey, um dos membros americanos do conclave.

“Se o papa ou qualquer um ultrapassar os limites do magistério, é preciso reagir”, disse Tim Busch , presidente do NAPA Institute, referindo-se à doutrina oficial da Igreja. “Você não pode assumir o controle da hierarquia da Igreja, mas pode se manifestar e manter a linha.”

Um dos temas centrais da insatisfação da ala conservadora é a postura de Francisco -e agora, temem, também de Prevost- sobre questões como imigração e a bênção a casais LGBTQIA+. Nas redes sociais, o novo papa tem histórico de mensagens contra o preconceito e em defesa dos marginalizados, o que tem irritado influenciadores da chamada direita católica, embora Prevost já tenha se manifestado de forma crítica à diversidade sexual e de gênero.

Sean Davis, cofundador e CEO do site conservador The Federalist, expressou sua frustração no X. “Disse aos meus colegas que temia a escolha de um papa europeu ocidental e de esquerda, com o objetivo de conter o avanço do populismo nacional -especialmente o associado a Trump- e fortalecer forças globalistas”, escreveu. “O novo papa é americano, não europeu ocidental, então errei nesse ponto. Mas temo não ter me enganado quanto ao restante.”

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