Nesta quarta-feira (3), dois abrigos de idosos foram interditados pela Vigilância Sanitária da Serra, na Grande Vitória. Os idosos foram localizados em situações insalubres, em locais com problemas de limpeza, sem alimentação adequada e com poucos profissionais trabalhando. Os responsáveis não foram presos, mas uma investigação sobre o caso foi iniciada.
As instituições ficam nos bairros de Jacaraípe e Nova Almeida. De acordo com a Polícia Civil, os dois locais já haviam sido interditados anteriormente, sendo que um deles mudou de endereço para tentar burlar a fiscalização.
Além disso, ambos não eram regularizados, não tinham documentação completa para funcionamento e não apresentavam condições de atendimento.
Em Jacaraípe, a casa abrigava cinco idosos, o local era sujo e tinha cheiro forte de urina em alguns ambientes.
A polícia e a vigilância sanitária também constataram que havia poucos profissionais trabalhando. O asilo já tinha sido fechado em outra operação em dezembro do ano passado.
“Em toda denúncia de crimes contra a pessoa idosa, a gente verifica as condições do local, de limpeza, da alimentação – ou a falta dela -, ou muitas vezes a alimentação guardada de forma incorreta, que era o caso. […] Essa casa já havia sido interditada e mudou de endereço para tentar realmente burlar a vigilância e a polícia”, pontuou a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa (DEPPI), delegada Milena Gireli.
A polícia constatou ainda que, no local, viviam três pessoas com menos de 60 anos, o que não é permitido.
O Conselho Municipal do Idoso (Comids) solicitou, a reintegração imediata dos idosos, que deverá ser realizada pela própria instituição de longa permanência.
Os idosos também serão verificados, caso a caso, pois a polícia quer entender se houve abandono familiar ou se as famílias foram enganadas pelos proprietários dos abrigos.
Já em Nova Almeida, a instituição fechada foi interditada no mês passado também por irregularidades e insalubridade do espaço, entretanto, os quase dez idosos que viviam no local ainda não haviam sido reintegrados às famílias.
Os responsáveis pelas duas instituições não foram presos, mas a polícia informou que vai chamá-los para depor e abrir uma investigação, ouvindo também familiares e vítimas.
Fonte: G1