Uma babá e o namorado, de 31 e 38 anos, foram presos no bairro Aribiri, em Vila Velha, na Grande Vitória, após a família de uma menina de três anos descobrir que a funcionária gravava vídeos de atos libidinosos com a criança e enviava ao companheiro.
Os dois vão responder por estupro de vulnerável e crime de registro e encaminhamento de imagem de abuso de criança e adolescente.
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) informou que os celulares do casal também foram apreendidos para investigar se há outras vítimas. O caso foi divulgado na terça-feira (16).
O suspeito já tinha passagem pela polícia por agredir uma ex companheira. Os nomes dos envolvidos não foram repassados para preservar a vítima, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
Investigações
Segundo a delegada adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Gabriela Enne, a babá foi contratada, há cerca de dois anos, pelo pai e pela madrasta de duas meninas, de seis e três anos, para trabalhar em Vitória.
Há aproximadamente um ano, o pai percebeu uma mudança de comportamento na filha caçula, que passou a agir de forma mais sexualizada, pedindo para beijar na boca e encostar nas partes íntimas de adultos.
Em uma madrugada, ao levar as crianças ao banheiro, a madrasta escutou barulhos insistentes vindos do celular que a babá usava para se comunicar com a família. Ao se aproximar, leu uma notificação de mensagem do namorado dela, que pedia vídeos e citava o nome da menina.
“Ela clicou na mensagem e se deparou com a conversa, que tinha há aproximadamente um ano. Havia um conteúdo vasto de vídeos e fotografias em que ela colocava essa criança para manusear os seios dela através das mãos e com a boca. Esses vídeos eram diretamente enviados ao namorado, que, diariamente e de forma muito insistente, pedia para que ela encaminhasse mais vídeos”, explicou a delegada.
Após a descoberta, os pais da criança demitiram a babá e fizeram uma denúncia na DPCA.
Com a demissão da babá, o casal passou a procurar e perseguir a família, comparecendo inclusive no prédio deles, em horários que a criança chegava com a van escolar, insistindo para que o pai e a madrasta não levassem o caso à polícia.
“Os pais se sentiram muito intimidados com isso e, diante dessa insistência, representamos pela busca e apreensão domiciliar para ter acesso aos telefones celulares e também à prisão preventiva da babá e do namorado”, explicou Gabriela Enne.
O inquérito policial foi finalizado na segunda-feira (16), com o iniciamento do casal por estupro de vulnerável e crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente, de registro e encaminhamento de imagens de abuso de criança e adolescente. O casal está preso preventivamente e aguardando o andamento do processo.
Segundo a polícia, os celulares de ambos foram apreendidos e serão periciados, para investigar se há outras vítimas, considerando que a mulher ocasionalmente prestava serviço de babá para outras famílias.
Fonte: G1