Em meio a ataques políticos de adversários em Campos e Duque de Caxias, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, tem ganhado força na disputa pelo Governo do Estado em 2026. A exoneração do então secretário estadual de Transportes, Washington Reis, foi um dos episódios que gerou repercussão política na última semana.
A demissão de Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias, foi justificada publicamente por Bacellar, que apontou o desalinhamento político do ex-secretário com o grupo do governador Cláudio Castro, atualmente ligado ao clã Bolsonaro. Reis, segundo Bacellar, estaria alinhado com o presidente Lula e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, em desacordo com a base governista do Estado.
A decisão causou reações imediatas de Reis e do ex-governador Anthony Garotinho, que passaram a criticar Bacellar publicamente. No entanto, o resultado político foi contrário ao esperado: Bacellar cresceu nas pesquisas internas realizadas por seu partido, superando a marca dos dois dígitos e consolidando-se como principal nome da base bolsonarista para enfrentar Eduardo Paes em uma possível disputa eleitoral.
Nas últimas horas, uma nova movimentação política pode ampliar ainda mais o capital de Bacellar. O governador Cláudio Castro estaria articulando a nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro como secretário de Relações Internacionais do Estado do Rio. Para isso, seria necessária uma mudança legislativa que permitisse a posse remota do parlamentar, sem que ele precise retornar ao Brasil. A aprovação da proposta dependeria diretamente da boa vontade de Bacellar em pautar o projeto na Alerj.
Por enquanto, qualquer discussão sobre o tema deve ocorrer somente a partir da próxima semana. O presidente da Alerj aproveita o recesso parlamentar para uma viagem com a família.