Com um acervo inicial composto de mais de 500 obras, a Biblioteca Antônia Leitão foi inaugurada na noite desta terça-feira (1º), em solenidade realizada no foyer do Palácio Nilo Peçanha, sede da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes. Até o fim do ano, cerca de 2 mil títulos devem ser disponibilizados à população, com livre acesso.
O presidente do Legislativo, Marquinho Bacellar (Solidariedade), agradeceu a presença de todos e destacou que a gestão vai continuar com projetos culturais. “Essa Casa precisa estar aberta, a gente precisa usar a estrutura da Câmara Municipal e usar a favor da população. Então, é um pequeno gesto que a gente faz, a gente vai dar continuidade a vários outros projetos culturais aqui dentro”, disse.
O nome da biblioteca é uma homenagem à ex-vereadora e escritora Antônia Leitão, que faleceu em 2015. Sobrinha-neta da homenageada, Nana Rangel acredita na importância da iniciativa. “Para mim, ela não era Antônia Leitão, era tiazinha. E ela tinha muito medo de ser esquecida, tinha essa preocupação. Por isso, ela fez o acervo dela, que está exposto. E queria muito que a história dela prosseguisse”, declarou.
A biblioteca conta com parte do acervo doado por Wellington Paes, que não pôde estar presente, mas foi representado pela sobrinha, Sylvia Paes. A historiadora falou sobre a relação com Antônia Leitão. “Eu fui em busca dessa Antônia Leitão e descobri que ela não era apenas uma rebelde professora, mas também uma feminista, uma poeta, uma escritora, uma tia e mãe afetuosa, porque acolheu seus sobrinhos com muito carinho e me acolheu também”, afirmou.
Durante a inauguração, Mônica Areas – que catalogou as obras da biblioteca – apresentou o ambiente virtual aos convidados. O evento teve também a apresentação da Banda Lyra de Apollo e a presença dos vereadores Fred Machado (Cidadania), Marquinho do Transporte (PDT), Dandinho de Rio Preto (PSD), Maicon Cruz, Rogério Matoso (União), Igor Pereira (Solidariedade) e Bruno Vianna (PSD), além do presidente Marquinho Bacellar (Solidariedade).
A biblioteca
Neste primeiro momento, a biblioteca – que é híbrida – está funcionando no ambiente virtual. O site (acesse aqui) é simples e fácil de acessar. Basta escolher uma das obras catalogadas e o livro virtual será carregado em uma plataforma intuitiva que facilita a mudança das páginas.
Atualmente, o acervo possui obras históricas de autores campistas como José do Patrocínio, Julio Feydit e da própria Antônia Leitão. Além disso, já estão disponíveis para acesso nove volumes digitalizados no jornal Monitor Campista, com edições dos anos de 1834, e do período de 1839 a 1846.
As atas da Câmara Municipal também estão sendo digitalizadas e disponibilizadas na biblioteca. Já estão disponíveis, por exemplo, as atas de 1829-1830. O fácil acesso ao rico acervo histórico pode contribuir para pesquisas acadêmicas, além da valorização histórica do município.
Fonte: ASCOM