Brasil registra 278,2 mil focos de incêndio no ano, pior número desde 2010

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou 278.229 focos de incêndio durante todo o ano de 2024, pior número desde 2010, quando houve 319.383 ocorrências deste tipo.

 

Os focos de incêndio aumentaram 46% em relação aos 189.891 registros de 2023, segundo dados do programa BD Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O monitoramento também aponta avanço de 48% nos focos de incêndio na América do Sul no último ano, com 511.575 registros. O número é o pior desde 2010, quando 523.355 focos foram detectados.

O Brasil concentra o maior número de ocorrências da região. O Equador teve 3.466 focos, um salto de 248%.

A temporada de fogo no Brasil começou mais cedo do que o normal em 2024. Em fevereiro e março, grandes incêndios atingiram Roraima, e, no pantanal, as chamas começaram a se alastrar ainda em junho.

O maior volume (140.328) de focos de incêndio foi detectado na amazônia, um aumento de 42% sobre o ano anterior no bioma. Este foi o maior patamar desde 2007, quando foram registrados 186.463 focos.

No cerrado, foram 81.432 focos, um incremento de 60% em relação a 2023. A quantidade é a maior desde 2012, quando foram computados 90.579.

O pantanal teve uma disparada de 120% neste tipo de registro, com 14.498 focos, pior número desde 2020, quando houve 22.116 pontos detectados.

No último ano, São Paulo quebrou o recorde histórico de focos de incêndio do estado ainda em setembro.

O Brasil enfrentou uma seca histórica em 2024, influenciada pelo El Niño, que é intensificado pelas mudanças climáticas. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, disse, em setembro, que estiagem foi a maior em 73 anos no pantanal e dos últimos 40 anos na amazônia.

Os dados do Inpe ainda apontam aumento de 423% nos focos de incêndio em São Paulo em 2024, maior percentual do país. O estado teve 8.702 registros do tipo. No Distrito Federal, o índice avançou 292%, com 349 focos.

O Pará teve 56.060 focos no último ano, um aumento de 34% nos registros. O número ainda é o maior verificado desde 2010. Em 2023, o estado praticamente havia repetido o volume de focos detectados do ano anterior.

No Amazonas, com 25.499 focos detectados, o índice subiu 30%. Em 2023, o estado havia registrado um recuo de 7%.

O monitoramento do Inpe também apontou uma diferença de 138% nos registros de 2024 da região Centro-Oeste. Já o Sudeste teve 145% a mais de focos de incêndio no último ano. Apenas a região Nordeste apresentou um recuo de 4%.

De janeiro até novembro, o fogo atingiu uma área de 297.680 km² no Brasil, equivalente à do Rio Grande do Sul (281.707 km²), segundo dados do Monitor do Fogo, da plataforma MapBiomas. O índice representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, quando a extensão queimada foi de 156.448 km².

O número acumulado nos primeiros 11 meses de 2024 é o maior desde 2019, quando começa a série histórica da ferramenta, que segue metodologia diferente da do Inpe.

Com o arrefecimento do período mais seco do ano, que facilita o espalhamento das chamas, a área queimada vem diminuindo desde setembro, quando ocorreu o pico dos incêndios em 2024. Ainda assim, a taxa chegou a 22 mil km² em novembro, o que equivale à área de Sergipe.

A plataforma ainda não atualizou os dados de 2024 incluindo o mês de dezembro. Considerando os primeiros 11 meses de 2024, a maior parte (57%) do território afetado pelo fogo fica na amazônia, de acordo com o MapBiomas.

Dos 169 mil km² impactados na região, 76 mil km² eram áreas de floresta -incluindo florestas alagáveis-, onde o fogo não ocorre naturalmente e a vegetação é sensível às chamas.

“Esse aumento desproporcional da área queimada no Brasil em 2024, principalmente a área de floresta, acende um alerta de que, além de reduzir o desmatamento, precisamos reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos onde as condições climáticas são extremas e podem fazer o que seria uma pequena queimada virar um grande incêndio”, explicou em comunicado Ane Alencar, coordenadora do Monitor do Fogo e diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa da Amazônia).

Em 2024, segundo os cientistas do MapBiomas, observou-se uma mudança preocupante no padrão das áreas atingidas pelo fogo: enquanto nos últimos seis anos as queimadas afetaram predominantemente áreas de pastagem, neste ano as florestas passaram a ser as mais impactadas.

O segundo bioma mais afetado pelo fogo de janeiro a novembro, de acordo com o Monitor do Fogo, foi o cerrado, com 96 mil km² queimados -85% deles em áreas de vegetação nativa. Em seguida vêm pantanal (19 mil km²), mata atlântica (10 mil km²), caatinga (2.975 km²) e pampa (33 km²).

 

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