Manuela Farias, de 19 anos, natural de Florianópolis, pode enfrentar a pena de morte por esquadrão de fuzilamento após ter sido pega com cocaína na mala e ser acusada de tráfico de drogas pelas autoridades indonésias. A detenção ocorreu em Bali, em janeiro, quando a jovem desembarcou no país após passar por aeroportos no Brasil e no Qatar sem ter qualquer interação com a polícia.
A Indonésia possui leis extremamente rigorosas contra o tráfico de drogas, com a pena de morte ou prisão perpétua como possíveis sentenças para os envolvidos, independentemente da quantidade de drogas encontrada. Neste caso, a acusação já solicitou a pena de morte para Manuela.
A defesa da brasileira alega que ela está sendo usada como “bode expiatório”, com seu advogado informando ao site g1 que um gangue a auxiliou na viagem, prometendo-lhe a oportunidade de rezar pela mãe em um templo budista. O advogado acrescenta que a mãe de Manuela está internada após ter sofrido um acidente vascular cerebral.
O gangue também teria prometido à jovem, que trabalha como vendedora de lingerie e perfumes, aulas de surf em Bali, famoso destino turístico na Indonésia.
As autoridades diplomáticas brasileiras na Indonésia afirmaram que estão acompanhando o caso e mantendo contato com as autoridades locais. O governo brasileiro informou ao g1 que o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, está prestando a assistência consular necessária à cidadã brasileira, em conformidade com os tratados internacionais e a legislação local.
Enquanto isso, a família de Manuela Farias criou uma página de arrecadação de fundos para que a jovem possa contar com uma equipe de defesa mais forte e experiente em sua luta legal.