A peregrinação anual Hajj, realizada em Meca sob um calor escaldante, resultou em mais de mil mortes, segundo relatório da agência France-Presse (AFP) a partir de dados de diversos países. Um diplomata árabe informou à AFP nesta quinta-feira (20) que 58 peregrinos egípcios faleceram, elevando o total de mortes de egípcios devido ao calor extremo durante o Hajj para 658. O diplomata também mencionou que 630 desses peregrinos não possuíam autorização oficial para participar da peregrinação.
Segundo as autoridades locais, citadas pela imprensa, as vítimas, em sua maioria, são do Egito (658), além de Jordânia, Turquia, Indonésia, Senegal, Irã, Tunísia e Curdistão iraquiano.
Ao todo, foram contabilizados 1.081 mortos de quase 10 países.
Calor extremo leva países à situação de emergência. O clima extremo coloca diversos países em situação de emergência. Nos Estados Unidos, 86 milhões de americanos estão sob alerta de calor. Na capital da Índia, Nova Déli, o termômetro registrou 38 dias seguidos com temperaturas acima de 40°C.
Temperaturas extremas em pontos turísticos da Itália. Na Itália, ativistas do Greenpeace utilizaram câmeras térmicas infravermelhas para medir o calor em pontos turísticos de Roma. Nesta quinta-feira (20), as temperaturas da superfície no Coliseu, no Vaticano e na estação ferroviária Termini ultrapassaram os 50°C.
Cientistas alertam para piora da situação e pedem repensar eventos em massa. Cientistas alertam que a situação na Itália e no resto do mundo pode piorar significativamente à medida que o planeta se aquece. Diante disso, é necessário repensar o turismo e todos os eventos que reúnem grandes multidões.
Preocupação com as Olimpíadas de Paris. Na Europa, a principal preocupação no momento são as Olimpíadas de Paris. Um relatório elaborado por cientistas e seis medalhistas olímpicos alerta que os jogos podem ser os mais quentes da história. Segundo os pesquisadores, o calor acima da média pode levar os atletas ao colapso ou, em casos piores, à morte.
Recomendações para eventos em clima quente. O relatório recomenda a realização de competições em horários mais amenos do dia e o reforço de medidas de hidratação e refrigeração para os participantes. Os cientistas alertam que realizar as Olimpíadas durante o verão do Hemisfério Norte será quase impossível em um futuro próximo.
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