Uma mulher de 51 anos, morreu no final da madrugada desta segunda-feira (1º), três dias após ser atropelada por um idoso de 74 anos, no motel em que ela trabalhava como camareira em São Gonçalo, na Região Metropolitana do RJ.
Soraia Mendonça Castanheiro chegou a ficar entubada em estado grave no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), e não resistiu aos ferimentos.
De acordo com testemunhas, na tarde da última sexta-feira (28), o homem chegava ao Motel Arsenal, no bairro Arsenal, com uma mulher trans quando teria se assustado, pedido o controle do carro, uma SUV, e acertado a cancela de entrada. Em seguida, o portão acertou Soraia, que estava trabalhando.
O filho de Soraia, o motorista de aplicativo Matheus Mendonça Castanheira, 29, disse que a cancela de ferro acertou a cabeça da mãe, que ainda foi atropelada pelo automóvel.
“Ela estava trabalhando quando o carro veio desgovernado da pista e entrou pela portaria adentro. A minha mãe estava fazendo a limpeza do estacionamento, quando o portão bateu na cabeça dela. Ela caiu e o carro foi arrastando-a e o portão, até parar em uma mureta de ferro. O impacto foi tão forte que o airbag abriu”, conta Matheus.
“Em seguida, a mulher que estava com ele fugiu correndo e ele ficou. A Polícia Militar e o filho dele vieram e tiraram ele de lá. Falaram que levaria ele para o Hospital Alberto Torres para ele ser medicado. Mas, no meio do caminho mudaram e levaram ele para a 75ª DP (Rio do Ouro). Lá falaram que ele fez exame de bafômetro e que não estava bêbado e liberaram ele. A minha mãe estava trabalhando e foi morta desse jeito e a polícia age assim. Ele estava bêbado, a gente viu”, relata o jovem.
Ele conta que a mulher que estava com Vilson pode ajudar a entender o que aconteceu.
“A gente só pede que ela apareça e conte o que aconteceu. Quando ela viu aquilo tudo, foi embora. A minha mãe era trabalhadora. Trabalhava lá há seis anos para ter as coisas dela”.
O corpo de Soraia foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo. Mas, ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.
Mesmo com a família afirmando que agentes do 7° BPM (BPM) retiraram o idoso do local e o levaram à delegacia, a Polícia Militar disse que “não há registro do fato mencionado”.
Em nota, a Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 75ª DP (Rio do Ouro), que o homem permaneceu no local do acidente, prestou socorro, foi ouvido e realizou exame de alcoolemia, cujo resultado foi negativo.
Ainda de acordo com a Civil, uma perícia foi feita no local e a investigação está em andamento.
Fonte: G1