Um brasileiro natural de Campos dos Goytacazes está enfrentando dificuldades para conseguir sair do Sudão, país no norte da África que vive um conflito armado.
O preparador físico Rodolpho Maia está no país africano junto com outros brasileiros, que fazem parte do time Al-Merreikh, principal clube do Sudão. Eles precisaram se trancar dentro do prédio onde moram por conta do conflito. Um dos brasileiros que também está com Rodolpho é o treinador Heron Ferreira, que já trabalhou no Americano Futebol Clube, da cidade campista.
Ao todo, nove brasileiros estão no grupo, sendo cinco da comissão técnica e quatro jogadores. São 6 pessoas do Rio de Janeiro, uma do Paraná, uma de São Paulo e uma de Minas Gerais.
O campista está há cinco meses no clube, mas essa é a quinta temporada dele no Sudão.
No Brasil, Rodolpho começou a carreira no Americano, em Campos, e trabalhou no clube entre 2000 e 2001. Depois, retornou em 2004. Ainda no Norte do Rio, ele também atuou no Goytacaz em 2012.
Rodolpho contou que já começou a faltar alimentos no Sudão.
“Não podemos sair para comprar, mas embaixo do prédio possui um mercadinho onde estamos adquirindo os alimentos mas já não tem os itens básicos como pão, carne e ovo, além de água. As ruas estão desertas. […] Só peço que faça um apelo às autoridades brasileiras para que nos tire daqui”, disse Rodolpho.
Os combates que começaram há três dias entre o Exército e um grupo paramilitar do Sudão já deixou mais de 200 pessoas mortas. Outras 1,8 mil ficaram feridas.
Resposta do Governo Brasileiro
Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que está em contato com o grupo e outras 4 pessoas, totalizando um grupo de 12 brasileiros que vivem no Sudão. O governo afirma que está tentando ações de assistência conjunta com outros países, mas que depende das condições do local.
“O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem”, afirmou o Itamaraty.
Fonte: g1