Os índices de criminalidade divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) nesta quinta-feira mostram que, pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2003, o Estado do Rio teve em 2022 mais de 100 mil registros de estelionato. Foram 123.841 ocorrências durante o ano, o equivalente a aproximadamente uma a cada quatro minutos. O número é 74% maior do que o do ano anterior, e supera a soma dos casos de 2020 e 2021.
O crime já é o segundo com maior número de registros, ficando atrás apenas dos furtos. Desde 2003, a quantidade de ocorrências de estelionato aumentou 11 vezes: naquele ano, foram 10.715 casos. No ano passado, um em cada seis registros de ocorrência feitos em todas as delegacias do estado era de estelionato.
Das 137 áreas de delegacia do estado — as chamadas Cisps, ou Circunscrições Integradas de Segurança Pública — em apenas três houve queda nos estelionatos: 1ª DP (Praça Mauá), 64ª DP (São João de Meriti) e 137ª DP (Miracema). Nas demais Cisps, o número de golpes em 2022 superou o índice de 2021.
A área da 54ª DP (Belford Roxo) registrou o maior aumento: 245%, passando de 825 ocorrências de estelionato em 2021 para 2.848 no ano passado. Na Cisp 89, em Resende, no Sul Fluminense, o crescimento nos registros de golpe foi semelhante e bateu 243%, indo de 386 para 1.324 casos. Em 46 áreas de delegacia, o número de registros de golpe cresceu 100% ou mais.
Na capital, a área com maior aumento nas ocorrências foi a da 18ª DP (Praça da Bandeira): 110%, registrando 1.131 casos de estelionato em 2022.
Veja as áreas de delegacia com maior aumento percentual no número de registros de estelionato em 2022:
54ª DP (Belford Roxo) – 245%
89ª DP (Resende) – 243%
62ª DP (Imbariê) – 224%
167ª DP (Paraty) – 205%
70ª DP (Tanguá) – 202%
Veja as áreas de delegacia com mais registros de estelionato em 2022:
16ª DP (Barra da Tijuca) – 4.900 casos
32ª DP (Taquara) – 4.495 casos
35ª DP (Campo Grande) – 4.111 casos
54ª DP (Belford Roxo) – 2.848 casos
134ª DP (Campos) – 2.774 casos
Fonte: O Globo