A Secretaria Municipal de Saúde de Campos está investigando o primeiro óbito suspeito por dengue este ano. Até o momento, foram notificados 166 casos da doença e oito de chikungunya em janeiro, enquanto não há registros de zika. O município está em alerta, pois o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 6 e 10 de janeiro, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 6%, muito acima do 1% recomendado pelo Ministério da Saúde.
Além do IIP, o levantamento revelou um Índice de Breteau (IB) de 8,8%, com depósitos móveis sendo os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Para conter o avanço da dengue, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificou as ações de combate ao vetor, especialmente nos 23 bairros com maior infestação identificados no LIRAa.
As medidas incluem mutirões de conscientização, visitas domiciliares, recolhimento de inservíveis, colocação de telas, aplicação de inseticida, pulverização com equipamentos costais e uso do carro fumacê. As ações ocorrerão às sextas-feiras, com exceção dos dias 26 e 27, que serão realizadas na quarta e quinta-feira.
Outro ponto de atenção das autoridades de saúde é o retorno do sorotipo 3 da dengue, que voltou a circular no Brasil após 17 anos e já teve o primeiro caso registrado no estado do Rio de Janeiro. Apesar disso, não há registros desse sorotipo em Campos.
Em 2024, o município registrou 26.633 casos de dengue, com quatro óbitos, e 1.791 notificações de chikungunya, com duas mortes. Não houve registro de zika no período.