Cerca de 60 corpos foram encontrados na quinta-feira sob os escombros em Shujaiya, um bairro de Gaza, após uma operação militar israelense, conforme informou a Defesa Civil palestina.
A Defesa Civil local relatou que aproximadamente 60 pessoas foram encontradas mortas sob os escombros após a retirada das forças israelenses.
Segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, em comunicado, atualmente, 85% dos edifícios do bairro estão inabitáveis devido à demolição de infraestruturas.
O exército israelense anunciou na noite de quarta-feira a conclusão das operações iniciadas em 27 de junho em Shujaiya, que resultaram no desmantelamento de oito túneis e na eliminação de dezenas de terroristas, de acordo com um comunicado de imprensa.
Durante os combates, as forças destruíram complexos de combate e edifícios, conforme acrescentou o comunicado militar, referindo-se à terceira incursão terrestre em Shujaiya desde o início da guerra.
Israel já havia realizado uma operação militar intensa em Shujaiya, um bairro no sudeste de Gaza, reduto do movimento Hamas, em dezembro passado, deixando a área praticamente devastada.
Durante essa ofensiva, o exército inadvertidamente matou três reféns israelenses, que haviam saído com as mãos erguidas e bandeiras brancas para pedir ajuda, pensando que fosse uma armadilha.
Israel concluiu a operação em Shujaiya no mesmo dia em que ordenou a evacuação de toda a cidade de Gaza, para onde as tropas israelenses também retornaram recentemente para confrontar as forças do Hamas, que estão reconstruindo áreas abandonadas pelo exército.
Os habitantes de Gaza foram aconselhados a se deslocarem para a “zona segura” de Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, embora organizações humanitárias relatem que não há lugares seguros.
Desde o início da guerra, nove em cada dez pessoas em Gaza foram deslocadas pelo menos uma vez, com a maioria se mudando repetidamente de um lugar para outro, conforme relatado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA).
Os nove meses de conflito resultaram na morte de quase 38.300 palestinos na Faixa de Gaza e cerca de 88.000 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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