Com 12.430 casos, Brasil vê avanço da febre oropouche em 2024

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde registrou 12.430 casos de febre oropouche no Brasil em 2024, um aumento em relação às 831 confirmações do ano anterior. A maior incidência (2.482) foi observada entre adultos de 20 a 49 anos, entre 30 e 39 anos.

 

Foram registrados, ao todo, 5.887 casos em mulheres, 6.540 em homens e três sem identificação de gênero. Adultos foram os mais afetados, enquanto idosos e crianças apresentaram números significativamente menores, com 143 casos entre pessoas acima de 80 anos e 30 em menores de 1 ano. Os dados são atualizados até 26 de dezembro, com base no painel epidemiológico do governo.

No início de dezembro, o diretor da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), Jarbas Barbosa, manifestou preocupação com o aumento de doenças como dengue, febre oropouche e gripe aviária nas Américas em 2024.

Ele destacou que a febre oropouche, apesar de menor escala que a dengue, está se expandindo para áreas fora da bacia amazônica, incluindo Espírito Santo, Bahia e Santa Catarina, onde a circulação autóctone (originária da região onde foi encontrada) foi confirmada.

Estados como Espírito Santo, Amazonas e Rondônia registraram as maiores incidências no Brasil, com 4.532, 3.172 e 1.665 casos, respectivamente, enquanto São Paulo teve 19 casos e o Distrito Federal, apenas um.

A doença, antes considerada isolada no Nordeste, está se espalhando para outras regiões do Brasil. Segundo Tânia Fonseca, coordenadora de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, e Rivaldo Cunha, secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, os sintomas, como dores musculares, náusea e dor de cabeça, podem ser confundidos com dengue.

Eles alertam que o vírus pode ser transmitido de mãe para bebê durante a gravidez, causando malformações e até mortes, já confirmadas no Ceará e no Acre.

Duas mortes de adultos também foram registradas na Bahia e no Maranhão. De acordo com os especialistas, o aumento dos casos está ligado a mudanças climáticas, que favorecem a proliferação de mosquitos transmissores. Eles destacam a necessidade de reforçar as medidas de prevenção e vigilância para conter o avanço da doença e reduzir seus impactos.

Pesquisadores brasileiros, em artigo publicado na Lancet Infectious Diseases, detectaram variantes do vírus fora da amazônia, destacando que ele já circulava há bastante tempo nessas regiões, fruto de exportações do Norte do país.

A pesquisa identificou seis casos positivos em amostras clínicas e apontou a necessidade de vigilância reforçada devido ao potencial de propagação local e aos desfechos graves associados, como as primeiras mortes no mundo pela doença registradas na Bahia, além de casos de passagem vertical com 13 mortes fetais e anomalias congênitas no Ceará, no Acre e na Bahia.

Renato Santana, virologista da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), diz que rearranjos gênicos do vírus com outros Orthobunyavirus (gênero de vírus de RNA de fita simples e segmentado da família Peribunyaviridae, transmitido principalmente por insetos como mosquitos e maruins) resultaram em uma cepa mais transmissível, contribuindo para sua expansão.

Ele ressalta que eventos climáticos extremos e frequentes na amazônia podem ter alterado a dinâmica de disseminação do vírus.

Para 2025, o governo federal planeja investir R$ 1,5 bilhão em ações contra arboviroses, incluindo campanhas de conscientização, inspeções de criadouros e o uso de mosquitos estéreis para conter a reprodução do Aedes aegypti, vetor de outras arboviroses.

A estratégia também abrange a substituição da vacina contra dengue Qdenga pelo imunizante do Instituto Butantan, que aguarda aprovação da Anvisa. Ainda assim, especialistas alertam que é necessário aprofundar os estudos sobre a Oropouche para evitar crises semelhantes às do zika vírus em 2015, reforçando a urgência em compreender o comportamento do vírus e mitigar seus impactos.

 

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