Na quarta-feira a Câmara de Campos vota – mais uma vez – as contas da ex-prefeita Rosinha Garotinho referente ao ano de 2016. O TCE deu parecer contrário a aprovação dessas contas, e em 2018 a Câmara de Campos acompanhou o parecer técnico, tornando Rosinha inelegível.
Naquele momento, Rosinha ficaria inelegível até julho de 2026. Isso faria com que a ex-governador pudesse, por exemplo, disputar um cargo como deputada, senadora ou governadora em 2026.
Porém, num excesso de bajulação, ao assumir a presidência da Câmara em 2021, Fábio Ribeiro decidiu voltar no tempo e anular a sessão que anulou as contas de Rosinha. Dessa forma, a ex-prefeita teria mais uma chance de apresentar defesa e ter – talvez – a aprovação de suas contas e se tornar elegível. Naquele momento, o objetivo era claro. Tornando Rosinha elegível, ela poderia disputar a eleição do ano passado, fato que não se concretizou.
Se a Câmara decidir aprovar as contas de Rosinha, a única “vantagem” é que ela poderá disputar a eleição de 2024, mas ao que se sabe, não há nenhum indício de interesse da ex-governadora em disputar uma cadeira na Câmara.
Ou seja; graças a Fábio Ribeiro, Rosinha pode se tornar inelegível de novo, porém, com mais 8 anos de “gancho” pela frente, podendo disputar novamente apenas a eleição de 2032. É uma discussão tão inútil e sem inteligência de quem causou, que não tem absolutamente ponto positivo nenhum.
Mais uma vez, independente do resultado na quarta-feira, o grupo Garotista sofre pela cegueira bajuladora de um presidente da Câmara que o seu maior feito foi adiantar uma eleição para perder. E caso tenha uma derrota, não adianta culpar o atual presidente, Marquinho Bacellar, ou qualquer outro opositor. Essa derrota pode botar na conta de quem causou a confusão.