Nesta quarta-feira (11), a delegada Carla Tavares, titular da 134ª Delegacia de Polícia de Campos dos Goytacazes, detalhou a “Operação Veritas Custódia”, deflagrada em parceria com o Ministério Público (MP). A ação ocorreu em diversos pontos da cidade e foi motivada por uma denúncia de uma testemunha relacionada ao assassinato do empresário Renato Maciel, ocorrido em 2023, no bairro IPS.
Segundo a delegada, Rogério Lopes, conhecido como “Xerife”, é o principal acusado pelo homicídio. Durante o processo, uma testemunha procurou o MP alegando ter sido coagida a mudar sua declaração inicial. A coação envolvia tortura psicológica, ameaças com arma de fogo e intimidações direcionadas a seus familiares. De acordo com o relato, o crime teria sido cometido por advogados ligados a Rogério Xerife.
As investigações resultaram na expedição de mandados de prisão e busca e apreensão contra os envolvidos, classificados pela delegada como integrantes de uma “empreitada criminosa”.
“Três advogados, três familiares de Rogério e um amigo da família foram alvos da operação. Dois advogados e alguns familiares foram presos em suas residências. Um advogado ainda não foi localizado e é considerado foragido, assim como o amigo da família. O próprio Rogério Xerife, segundo a vítima, teria feito uma chamada de vídeo de dentro do presídio para ameaçá-la”, explicou Carla Tavares.
A operação também apreendeu armas na casa de Rogério Xerife, todas sem documentação e ainda em processo de contabilização pela Polícia Civil.
“Os mandados de prisão são temporários, permitindo que possamos aprofundar as investigações e concluir o inquérito com base nas denúncias apresentadas pela vítima”, finalizou a delegada.
