Segundo a delegada Madeleine Dykeman, responsável pela investigação, uma jovem identificada como Maria Eduarda Silva Barreto, de 17 anos, foi vítima de asfixia, enquanto o namorado foi esfaqueado. O suspeito, preso logo após o homicídio, confessou o crime. Madeleine compartilhou detalhes do caso durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (1º) sobre o crime que ocorreu durante em Atafona, São João da Barra.
A delegada considerou o acontecimento como “mais uma tragédia” na região. Ela confirmou que ambos eram colegas de escola, conhecidos há bastante tempo, mas iniciaram a amizade este ano. A delegada explicou que o suspeito ligou para vítima ir até a casa dele pois queria presenteá-la com um livro, o que caracteriza que o crime foi premeditado. “Ele conta que os dois gostavam de histórias de serial killer e ele queria matar alguém, por isso, escolheu a vítima”, declarou Madeleine.
A delegada prosseguiu explicando que ele a levou para um cômodo no quintal da casa, onde começou a asfixiá-la.
“Nesse momento, ele tentou estrangulá-la, mas ela conseguiu pegar uma faca, que ele quebrou. Posteriormente, ele a estrangulou até a morte. Ele alega tê-lo feito com as mãos, mas pelas fotos do local, suspeitamos que possa ter usado um fio de uma escova elétrica para asfixiá-la”, relatou.
A delegada também informou que o agressor admitiu ter tentado praticar “canibalismo”, ao morder uma parte dos seios da vítima.
“Após o assassinato, ele tentou realizar o que poderíamos descrever como canibalismo… não temos um termo jurídico específico para isso no Brasil. Ele tentou remover uma parte dos seios dela. Em seguida, praticou atos sexuais com a vítima morta e escondeu o corpo embaixo de um sofá. É importante esclarecer que, se a narrativa dele estiver correta, de ter praticado atos sexuais após a asfixia, tecnicamente não seria estupro, já que ela estava morta. No entanto, a perícia será responsável por confirmar isso”, afirmou Madeleine.
A delegada também mencionou durante a coletiva sobre o namorado de Maria Eduarda. “Após a morte da menina, o suspeito pegou o telefone dela e viu que ela tinha mandado uma mensagem para o namorado informando que ela iria ao encontro do suspeito buscar o livro. O suspeito então se passa pela vítima e manda uma mensagem para o rapaz ir até a casa dele e, quando chega, o esfaqueia. O suspeito contou que a intenção dele era atingir a carótida do rapaz, mas a vítima se desvencilhou e acabou sendo atingida em outra região do pescoço, tórax e costas”, comunicou a delegada.
De acordo com apuração da Redação ClickCampos, o jovem de 16 anos, identificado pelas iniciais L.L.C.S., passou por cirurgia de reconstrução do lado esquerdo da face e mandíbula, além de suturas no restante das perfurações. Está lúcido, estável, em observação na Unidade Intermediária (UI) do HFM.