Depois de Xuxa, Paquitas expõem traumas e acertam contas em série da Globoplay

BRUNO GHETTI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – “Ninguém é insubstituível.” Foi ouvindo essa frase repetida por Marlene Mattos como um mantra -e mais ainda como uma ameaça- que as Paquitas construíram uma carreira de assistentes de palco de Xuxa, mas com status de estrelas da TV. As loiras sabiam que a empresária tinha métodos autoritários, mas assim como a própria apresentadora a obedeciam sem pestanejar. Era o preço a ser pago.

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Um ano depois de a própria Rainha dos Baixinhos revisitar sua trajetória na série “Xuxa, o Documentário”, agora são as Paquitas que fazem o mesmo, em “Pra Sempre Paquitas”, também exibida pelo Globoplay.

Com o mesmo propósito de compreender um fenômeno e fazer um acerto de contas com erros do passado, a série em cinco episódios estreia nesta segunda, 16, na plataforma, já com todos os capítulos disponíveis.

“A gente pensou em fazer de forma cronológica, porque como somos muitas Paquitas, de três gerações, a gente quis dar voz a todas as meninas e trazer toda essa história”, diz Ana Paula Guimarães, ex-Paquita e diretora artística da série. Das 29 Paquitas já existentes, 27 participam da atração.

“A série vai fazendo um paralelo social também, sabe? Da sociedade, desde a década de 1980 até os anos 2000, e passando pela nossa história. A gente fez uma história grandiosa no audiovisual, que a Xuxa dominou, de 1986 a 2002”, complementa.

As meninas bonitas, loiras e de shortinhos curtos no começo apenas ajudavam Xuxa na trabalhosa tarefa de domar as várias crianças espalhadas pelo palco. Com o tempo, foram se tornando elas também figuras queridas pelo público, lançando-se como uma atração à parte do “Xou da Xuxa”. Gravaram discos, estrelaram filmes e viraram ídolos infantis.

Mas a rotina não era fácil. Trabalhavam muito, dormiam pouco, muitas repetiam de ano no colégio. E tinham uma enorme autoexigência. Também ex-Paquita e cocriadora do projeto, com Guimarães, Tatiana Maranhão conta que a série não ignora um problema duplo que as assistentes de palco enfrentavam: serem mulheres e terem muito pouca idade.

“Tem as tensões dos bastidores, né? Porque nós éramos meninas, e meninas nos anos 1980, quando era uma sociedade muito machista. Mas, além de tudo, nós éramos crianças. Então você já pode imaginar”, diz Maranhão. “Na série a gente aborda tudo: racismo, pressão estética, empoderamento feminino, a coisa do cabelo.”

A tal “coisa do cabelo” a que Maranhão se refere era a obrigação de, ao menos nos primeiros anos, as assistentes de Xuxa serem loiras. E preferencialmente com as madeixas lisas – como que versões juvenis da apresentadora. Exigência de Marlene Mattos, que detectava entre os brasileiros um fascínio especial por moças assim.

Muitos dos traumas profissionais e até pessoais das ex-Paquitas, segundo a série, podem ser atribuídos à dureza da empresária. Como em “Xuxa, o Documentário”, o que não faltam são acusações contra Mattos.

“O nosso projeto existe antes do da Xuxa, mas o dela estrear antes deixou a gente mais à vontade, mais confortável, mais segura”, diz Maranhão. “Porque falamos de coisas que nós mesmas nunca tínhamos falado entre nós. E que servem não só para as gerações que estiveram com a gente naquela época, que vão se ver ali e falar: ‘Nossa, mas eu nem imaginava que isso acontecia com essas meninas’. Mas também para essa nova geração que vai poder trazer essa reflexão.”

Guimarães diz que houve uma preocupação em não normalizar os abusos e erros que aconteciam naquela época. “Era uma engrenagem, que funcionava daquela forma. Hoje, com nosso olhar maduro, a gente não acha certo o que acontecia. Mas mágoa? Jamais. Até porque a gente também tem gratidão, porque a gente aprendeu muito ali.”

Mattos foi convidada a participar da série, mas não aceitou. “Ela falou que preferia não participar. Agradeceu. E é isso”, diz Guimarães.

Outra ausência entre os entrevistados é Luciana Vendramini, que não quis dar depoimento à série. A atriz nunca foi oficialmente uma Paquita, embora tenha participado de vários programas ainda em etapa de testes. No primeiro episódio, Vendramini é mostrada como alguém que se fez valer da experiência para se promover, inclusive posando para uma revista masculina vestida de Paquita na capa.

Mas Xuxa fez questão de participar, e como em seu próprio documentário, também desta vez ela fala de assuntos sensíveis. Mas aparece sobretudo para ressaltar o valor de suas protegidas.

Aliás, Maranhão diz que o legado de Xuxa e das Paquitas não é valorizado como deveria. “Nos anos 1980, a gente já falava [da inclusão] de pessoas com deficiência, de [proteção aos] bichos, dos LGBTs, já era uma mulher com um microfone na mão… As pessoas ficam falando do shortinho, mas nosso papel foi muito maior, mais bonito.”PRA SEMPRE PAQUITAS
– Quando Estreia nesta segunda (16) no Globoplay
– Classificação 12 anos
– Produção Brasil, 2024
– Direção Ana Paula Guimarães e Ivo Filho

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