BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Um deslizamento de terra na região andina do Equador matou pelo menos sete pessoas, deixando 23 feridos e 46 desaparecidos. O número foi revisado pelo governo e atualizado no início da noite desta segunda-feira (27).
O deslizamento ocorreu na noite de domingo (26), após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Alausí, província de Chimborazo, localizada a cerca de 320 km ao sul da capital Quito.
Ao todo, 500 pessoas e 163 casas foram afetadas, confirmou o perfil de comunicação do governo equatoriano no Twitter. Outras 600 casas que ainda estavam de pé na área do desastre foram evacuadas, por precaução.
“Precisamos continuar com os processos de resgate. Pedimos a todos os cidadãos que evacuem as áreas afetadas para atender a esta emergência da melhor maneira”, também escreveu o presidente Guillermo Lasso na rede social.
O trabalho de resgate das vítimas desaparecidas começou desde a madrugada, com bombeiros de cidades próximas e moradores da região vasculhando em meio à lama e às pedras, com o auxílio de cães. Repórteres da agência AFP descreveram um cenário de devastação, com folhas de metal retorcido e troncos partidos ao meio projetando-se da terra. Parte de uma rodovia também foi destruída, e diversas casas foram completamente soterradas.
Cerca de 45 mil pessoas vivem em Alausí, cidade conhecida por sua herança ferroviária. É na cidade que está localizado o Nariz do Diabo, ladeira íngreme e perigosa por onde passa a ferrovia transandina do Equador, caracterizada como o “trem mais difícil do mundo”.
As fortes chuvas destruíram estradas, pontes e outras infraestruturas em todo o país. Desde janeiro, 22 pessoas morreram e cerca de 350 foram desabrigadas em decorrência dos eventos climáticos. Segundo a Secretaria de Gestão de Riscos equatoriana, mais de 6.900 casas foram afetadas e 72, destruídas.
Mais da metade do país está em estado de emergência desde a última terça-feira (21), quando o mau tempo e um terremoto mataram 15 pessoas.