Duas pichações em uma rua de Campos viralizaram nas redes socias. Os registros feitos na Rua Gilberto Siqueiro mostram pichações em referência às cantoras pop’s Katy Perry e Charli XCX. Apesar da repercussão, pichação é crime e pode levar até à prisão.

Em referência à cantora Katy Perry, foi colocado que ela ensinou a pessoa a amar. Já em referência à Charli XCX, foi escrito: “Brat é a + braba”. Brat é o nome do disco da inglesa lançado em 2024, indicado ao Grammy, e foi eleita a palavra do ano pelo dicionário Collins.

As fotos foram feitas no dia 24 de novembro pelo publicitário Gabriel Anjos e logo viralizaram nas redes sociais. O registro foi publicado no X, brincando: “vai ter LGBT ocupando todos os espaços! Orgulho”.

A publicação tem mais de 4 mil compartilhamentos, mais de 42 mil curtidas e mais de 500 comentários e foi parar em outras páginas nas redes sociais.

Em conversa, o publicitário contou que ele e o namorado estacionaram o carro no local, foram caminhando até uma tabacaria e viram as pichações, que chamaram a atenção.

“Pelas referências incomuns mesmo. Não é todo dia que tem diva pop numa pichação [brincou]. Justamente o fato de serem intervenções muito únicas, geralmente a gente vê assinatura, desenhos. Homenagem para diva pop, nunca tinha visto!”, disse.

Gabriel contou que, quando publicou as imagens, imaginou que as pessoas gostariam devido à piada com representatividade LGBT, mas não imaginou que fosse “furar a bolha”.

“As pessoas têm comentado muito sobre Campos estar viralizando, a galera é apaixonada pela cidade, alguns preconceitos linguísticos com a crase antes do verbo na pichação e a grande maioria são amigos dizendo uns aos outros que fizeram a pichação, fãs da Katy e da Charli”, disse.

De acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, pichação é crime ambiental e de vandalismo. Além do crime de vandalismo cometido pelo pichador, a legislação brasileira também prevê o crime de dano prescrito no Código Penal, podendo ser cometido tanto em patrimônio público quanto particular.

Em entrevista ao sobre os prejuízos que a pichação causa na economia de Campinas (SP), o turismólogo Rômulo Schincariol explicou que a prática surgiu na década de 1960, na França, como uma forma de protesto para marcar territórios. De acordo com ele, as consequências da ação refletem diretamente no bolso da população.

“Esses danos acabam atacando a própria conservação do patrimônio público, geram-se custos para a recuperação. Esses custos são revertidos para os impostos, para o que a gente paga” .

O especialista lembrou que a atividade criminosa pode resultar no pagamento de multas e até na prisão do indivíduo.