Um dos integrantes do grupo que encontrou as quatro crianças indígenas, que estavam perdidas na Amazônia colombiana por 40 dias, falou sobre o momento em que os menores foram resgatados.
“Houve uma grande felicidade quando os encontramos”, disse Henry Guerrero em entrevista aos jornalistas, explicando que as crianças tinham uma pequena barraca improvisada e uma toalha no chão.
“O menino estava muito fraco, nem conseguia mais andar”, relatou, referindo-se ao único menino de quatro anos. Segundo publicações internacionais, esse membro da equipe de resgate explicou que, apesar das debilidades e desnutrição, as crianças estavam conscientes e se lembravam de tudo.
“A primeira coisa que nos disseram foi que estavam com fome. Queriam comer arroz doce, queriam comer pão, só queriam comer”, enfatizou.
O homem, que também faz parte da comunidade indígena, confessou que o grupo já estava desesperado para encontrar as crianças, pois mais de um mês havia se passado desde o acidente de avião, que tirou a vida de três adultos, incluindo a mãe das crianças, em 1º de maio.
As crianças foram encontradas com algumas roupas, uma caixa de música, refrigerantes e dois celulares sem sinal.
A irmã mais velha tem sido apontada como a salvadora dos irmãos, e os avós descreveram a menina de 13 anos como tendo uma “natureza guerreira”. Segundo os familiares, Lesly é habilidosa, ágil e estava bem treinada para se movimentar na selva, sabendo até mesmo quais frutas podiam comer e quais eram venenosas.
Apesar de as crianças terem sido encontradas, a “Operação Esperança”, como foi chamada, ainda não foi concluída, pois um dos cães que auxiliou no resgate está desaparecido. Mesmo com o desaparecimento do animal, as crianças fizeram questão de desenhá-lo no domingo.
Atualmente, as crianças estão em um hospital em Bogotá.
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