Lucy Letby está sendo acusada da morte de cinco meninos e duas meninas, assim como da tentativa de homicídio de outros cinco meninos e cinco meninas, entre junho de 2015 e junho de 2016, no Hospital Condessa de Chester, no Reino Unido.
No julgamento, que foi retomado esta segunda-feira (5), o procurador revelou que o bebé F, um de um par de gêmeos, desmaiou inesperadamente em agosto de 2015, e o bebê L, também um de um par de gêmeos, sofreu um episódio semelhante com risco de vida em abril de 2016. Ambos os bebês sobreviveram, mas apenas devido à intervenção dos médicos.
Nick Johnson KC, procurador, disse que em cada um dos dois casos, o açúcar no sangue do bebê caiu inexplicavelmente para um nível perigosamente baixo.
No entanto, na época, a equipe médica atribuiu os episódios a causas naturais porque “simplesmente não ocorreu à equipa médica que alguém do NNU lhes tivesse injetado insulina”.
Hoje, Johnson disse que tanto o bebê F quanto o bebê L foram “selecionados” por Letby. A enfermeira contaminou as bolsas de alimentação assim que eles chegaram à unidade.
A mulher voltou a negar ter administrado insulina aos bebês mas ficou provado que apenas ela ou outra enfermeira, Belinda Simcock, poderiam ser as responsáveis.
A britânica está detida desde 2020. Apesar de garantir que está inocente, as autoridades encontraram na sua casa vários bilhetes onde assumia a culpa das mortes. Não mereço viver. Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles” e “sou uma pessoa horrível e má”, eram apenas algumas das frases inscritas nos papéis mostrados em tribunal.