O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) enviou, nesta quarta-feira (24), uma equipe para realizar coletas extraordinárias no Rio Paraíba do Sul, em resposta às reclamações sobre o forte odor e gosto na água fornecida em Campos dos Goytacazes. Essa ação complementa o monitoramento que já vem sendo realizado pelas concessionárias de água da região.
O INEA também iniciou uma investigação junto às empresas locais e ao estado de Minas Gerais para verificar a possibilidade de vazamentos acidentais que possam ter contaminado a água. Em nota oficial, o instituto declarou:
“Ressaltamos que o instituto iniciou a averiguação das informações junto às concessionárias locais e o Estado de Minas Gerais para verificar a possibilidade de vazamentos acidentais de substâncias que possam causar alterações na qualidade da água, e que até o momento não foram identificadas fontes de contaminação.”
A empresa “Biovep Qualidade Ambiental” publicou uma postagem nas redes sociais na terça-feira (22), esclarecendo que a substância “Geosmina” seria a responsável pelo forte odor e alteração no sabor da água. Segundo a empresa, “a Geosmina é produzida por alguns microrganismos e está presente na água do rio em maior quantidade devido a fatores como a época de estiagem, temperatura e luz ideal.” A empresa também criticou a concessionária Águas do Paraíba por não informar a população sobre o ocorrido.
Em resposta, a concessionária Águas do Paraíba declarou que a água fornecida atende a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, e que monitora todo o sistema operacional, tratamento de água e controle de qualidade. Sobre a Geosmina, a concessionária afirmou:
“Águas do Paraíba informa que toda a água fornecida para a cidade está dentro dos padrões legais (Portaria nº 888 – Padrões de potabilidade de água). O Rio Paraíba do Sul está sendo monitorado diariamente e em nenhuma destas análises foram detectadas presenças de algas e toxinas fora dos padrões definidos nesta portaria, não confirmando a presença de Geosmina. Historicamente, nesta época do ano, devido ao baixo índice de chuvas e às alterações bruscas na temperatura, pode ocorrer o aumento na presença de algas, como observado em anos anteriores. Mesmo nessas situações passadas, nossas unidades de tratamento sempre estiveram preparadas para tratar a água nessas condições, fornecendo água dentro dos padrões de potabilidade. A concessionária acrescenta que mantém intensificado o monitoramento do Rio Paraíba do Sul, de todo o processo de tratamento da água, e do controle da qualidade.”
Os resultados das análises realizadas pelo INEA serão divulgados em 10 dias.