A Polícia Civil revelou novos detalhes sobre o histórico de violência doméstica sofrido por Eliana Tavares, morta pelo próprio filho, Carlos Eduardo Aquino, na última segunda-feira (28). Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, a vítima, que já tinha registros de ocorrências anteriores na DEAM, vinha sofrendo agressões físicas e ameaças do filho e do pai dele, Eduardo Aquino, por mais de uma década.
Em um dos registros de 2015, Eliana teria sido vítima de socos e chutes aplicados pelo filho e pelo ex-marido. Uma denúncia anônima também indicou que, além das agressões, a mulher teria sido mantida em cárcere privado. Sua filha, Lara Aquino, e o irmão da vítima, Sérgio Lima, prestaram depoimentos à época, confirmando o histórico de violência. Recentemente, Lara afirmou em depoimento que decidiu deixar a cidade por não suportar presenciar as frequentes agressões sofridas pela mãe.
Após a prisão em flagrante de Carlos Eduardo pelo crime de feminicídio, ele foi transferido da custódia da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) para o Presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Ele passou pelo Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito e, após audiência de custódia, teve sua prisão preventiva decretada. Agora, ele cumpre pena em uma cela comum, uma vez que em abril de 2023 o STF derrubou o benefício de prisão especial para pessoas com diploma superior.
Carlos Eduardo, que estava no último período do curso de medicina, inicialmente afirmou ter formação em farmácia, o que lhe garantiria direito à cela especial. No entanto, sua irmã, Lara, declarou que ele abandonou o curso de farmácia no último período, não possuindo, portanto, diploma de ensino superior.