A família de Andrew Comyn ‘Sandy’ Irvine, um jovem alpinista britânico desaparecido no Monte Evereste há 100 anos e cujo restos mortais teriam sido agora encontrados, manifestou-se sobre a descoberta, confessando que já tinham “perdido a esperança de encontrar qualquer vestígio dele”.
A descoberta aconteceu no mês passado, quando uma equipe de alpinistas, que filmava um documentário da National Geographic, se deparou com uma bota e um pé bem preservados, que teriam sido revelados pelo derretimento do gelo num glaciar. No interior da bota estava cosida uma etiqueta com as palavras ‘A. C. Irvine’.
Para a sobrinha-neta do alpinista, que desapareceu quando tinha apenas 22 anos, a descoberta foi algo “simplesmente extraordinário”. “Fiquei paralisada… Todos nós tínhamos perdido a esperança de encontrar qualquer vestígio dele”, disse Julie Summers à BBC.
Summers contou que cresceu ouvindo a avó contar histórias sobre o seu irmão mais novo, que descrevia como “aventureiro e educado”. “A minha avó tinha uma fotografia dele ao lado da cama até o dia em que morreu”, recordou. “Ela dizia que ele era um homem melhor do que qualquer um jamais seria”.
Agora, a família forneceu uma amostra de DNA para ajudar a confirmar que o pé é realmente de Irvine. No entanto, para Jimmy Chin, que liderava a equipe que encontrou os restos mortais, não há dúvidas: “Quer dizer, meu… tem uma etiqueta”, disse à BBC.
Irvine nasceu em Birkenhead, na Inglaterra, e tinha apenas 22 anos quando desapareceu durante uma expedição ao Monte Evereste, em 1924, com o colega George Mallory.
Breaking News: Andrew ‘Sandy’ Irvine’s remains possibly uncovered on Everest. A century after the climber disappeared alongside George Mallory, a National Geographic team has made a discovery that may shed light on one of the greatest adventure mysteries in history. More:… pic.twitter.com/4Yy6dQXKmz
— Everest Today (@EverestToday) October 11, 2024
Irvine e Mallory foram vistos vivos pela última vez em 8 de junho de 1924, quando se dirigiam para o cume e o corpo de Mallory só viria a ser encontrado em 1999 por um alpinista norte-americano.
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