SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Felipe Neto, 36, encontrou uma forma inusitada de homenagear o escritor Machado de Assis (1839-1908), cujo nascimento completa 185 anos nesta sexta-feira (21). O influenciador digital fez um ensaio inspirado em “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e divulgou em suas redes sociais.
Nas imagens, Felipe aparece dentro de um caixão de verdade, que foi encomendado a uma funerária especialmente para a ocasião. Ele aparece segurando a obra de 1881 nas mãos e diz que sua intenção é impulsionar as vendas do autor, de quem se diz fã.
Vale lembrar que o clássico da literatura brasileira é uma obra narrada por um personagem que já está morto e relembra as histórias da vida que teve. “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas”, diz a primeira frase do livro.
Uma publicação compartilhada por Clube do Livro Felipe Neto (@clubedolivrofelipeneto)
“Para homenagear Machado de Assis vale de tudo, até entrar em um caixão frio para simbolizar Brás Cubas”, comentou o influenciador ao F5. “Confesso que não faria isso por outro autor e não recomendo muito a experiência.”
Ele explica que o autor é um de seus preferidos. “Machado de Assis é um dos maiores artistas de todos os tempos”, elogia Felipe. “Para mim, no mundo literário, está na mesma prateleira de Shakespeare, Kafka e Dostoiévski.”
As fotos também visam tentar fazer com que seu público se engaje na leitura desse e de outros clássicos do escritor. “Se eu puder influenciar alguns dos meus seguidores a embarcarem na leitura de Machado, sentirei que fiz um ótimo trabalho”, afirma.
Recentemente, o influenciador anunciou o lançamento do Clube do Livro Felipe Neto, que já tinha mais de 100 mil inscritos antes mesmo do lançamento oficial e deve funcionar nos moldes dos criados por outras celebridades. A ideia é indicar leituras a seus fãs em vídeos, postagens e análises de forma gratuita. Quem quiser, também poderá pagar uma assinatura para participar de lives e debates com ele sobre as obras.
Apesar de ser um projeto engendrado em parceria com a Companhia das Letras, ele diz que atuará de forma independente e promoverá livros de várias editoras. Felipe também diz que a ideia de monetizar o clube é para poder investir na disseminação da leitura e promover eventos e visitas a escolas.