“Robert Adolph Boehm murmurou seu último palavrão incompreensível e provavelmente desnecessário no dia 6 de outubro de 2024, pouco antes de tropeçar em ‘alguma coisa idiota’ e bater com a cabeça no chão.” Assim começa o obituário de Robert Adolph Boehm, escrito por seu filho, Charles Boehm.
Embora as palavras possam parecer “irreverentes e ofensivas” para alguns, como o próprio Charles admitiu ao The Washington Post, ele acredita que o texto que escreveu em homenagem ao pai, que faleceu aos 74 anos após uma queda em casa, é “quase perfeito” e reflete bem a personalidade do falecido.
Charles revelou ao jornal que se inspirou em um obituário que encontrou online, durante sua pesquisa sobre o que escrever. Entre textos mais sérios, ele se deparou com um antigo obituário que parecia ideal, pois geraria boas risadas.
Com um sorriso no rosto, Charles começou a escrever. Além de informações tradicionais, como de quem Robert era filho e como faleceu, o filho incluiu detalhes engraçados sobre o pai.
“Ele conseguiu fazer dois buracos no painel do carro. Tinha um gosto peculiar para moda e era frequentemente visto pela cidade usando mocassins de couro feitos à mão. Ele também tinha uma vasta coleção de chapéus não convencionais e combinava ousadamente camisas e calças que não se harmonizavam”, escreveu Charles no obituário.
Charles ainda brincou: “Fizemos o melhor para lidar com as palhaçadas de Robert. Agora ele é um problema de Deus”, pedindo que todos usassem uma peça de roupa “ultrapassada ou inapropriada” no último adeus ao pai, realizado no dia 14 de outubro, em Amarillo, Texas.
O agente funerário, ao ler o texto, quase se engasgou de tanto rir. Quando o obituário foi publicado na página do Facebook da empresa, rapidamente se tornou viral, acumulando mais de um milhão de visualizações em poucos dias.
“Clarendon é uma cidade de 2 mil habitantes. Sabia que muitos iam adorar, mas fiquei surpreso quando a postagem ‘explodiu'”, comentou Chuck Robertson ao The Washington Post.
Muitos desconhecidos de todo o país deixaram comentários. “Eu nunca conheci esse homem, mas lamento que nossos caminhos não tenham se cruzado. Se minha família não me ama o suficiente para fazer um obituário assim, prefiro não ter nenhum”, escreveu um dos internautas.
Outro comentou imaginando que “o céu deve estar um caos” com a chegada de Robert.
Charles, o mais novo de quatro filhos, disse ainda ao jornal que o pai era um “homem excêntrico e otimista”, mas que enfrentava dificuldades após a morte da esposa, em fevereiro. “Era difícil para ele olhar para a cadeira vazia da minha mãe”, confessou, acrescentando que a saúde de Robert se deteriorou desde então.
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