A mobilização nacional dos petroleiros segue com atos e paralisações em diversas regiões do país. No Norte Fluminense, trabalhadores se reuniram na manhã desta quarta-feira (17) em frente ao portão da base de Cabiúnas, em Macaé, durante mais uma manifestação do movimento grevista iniciado na última segunda-feira (15), por tempo indeterminado.
Na região, a adesão ocorre por meio do chamado corte de rendição, quando as equipes deixam de ser substituídas. Além da base de Cabiúnas, 22 plataformas e setores das bases administrativas de Imbetiba e do Parque de Tubos também participam da paralisação.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), até a noite de terça-feira, a greve já havia alcançado oito refinarias, 24 plataformas, dez unidades da Transpetro, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel, além dos campos terrestres da Bahia, da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB) e da Estação de Compressão de Paulínia (TBG).
Entre as principais reivindicações da categoria estão avanços no Acordo Coletivo de Trabalho, após a rejeição, em mesa de negociação, de uma segunda contraproposta da Petrobras, considerada insuficiente pelas entidades sindicais. Os petroleiros também cobram uma solução definitiva para os equacionamentos da Petros, que impactam os rendimentos de aposentados e pensionistas, além do atendimento à pauta pelo Brasil Soberano, com suspensão das privatizações e fortalecimento da Petrobras como empresa pública.
O coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, destacou a adesão total das plataformas da Bacia de Campos operadas pela Petrobras. Segundo ele, no segundo dia de greve foi registrada adesão de 100% das plataformas da região, além de ampla participação dos trabalhadores de terra e das bases administrativas.
Em nota, a Petrobras informou que houve manifestações em algumas unidades em decorrência da greve, mas afirmou que não houve impacto na produção nem no abastecimento de petróleo e derivados. A empresa declarou ainda que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores, que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e que segue em negociação com os sindicatos para a construção do novo Acordo Coletivo de Trabalho. A estatal destacou que uma proposta foi apresentada no dia 9 de dezembro, com expectativa de avanço nas negociações por meio do diálogo.

