Treze pessoas ficaram presas dentro de um elevador de um shopping de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no último domingo (7). De acordo com os clientes, o objeto estava com defeito, e eles ficaram presos no local por mais de uma hora, até o resgate. Os socorristas do Top Shopping Nova Iguaçu não teriam prestado atendimento às vítimas.
Segundo testemunhas que estavam no elevador do shopping, o socorro teria sido solicitado pelo botão de emergência, mas sem retorno. No desespero, o grupo começou a gritar e bater palmas.
A estudante Ana Caroline Oliveira da Silva, de 20 anos, conta que ficou presa no elevador, junto com o irmão autista, um adolescente de 11 anos, que teve uma crise.
Eloá de Souza Menezes dos Santos e o marido, Caynan Oliveira de Souza relembram que a luz do elevador apagou e começou a ficar muito quente e abafado. Ninguém capacitado aparecia para dar o direcionamento adequado. Eles começaram a pensar que o shopping iria fechar com eles presos.
Eloá diz que a experiência foi traumatizante, antes de entrar, ela leu que o limite do equipamento era de 14 pessoas ou 1.030 quilos.
Tanto Eloá, como Caynan e Ana Carolina afirmam que o shopping não se mobilizou para acolher os pedidos de ajudar.
As vítimas foram socorridas, às 21h, por um homem que forçou o resgate. O rapaz, com apoio de dois homens na parte de dentro da máquina, forçou a abertura das portas. Antes disso, as pessoas que estavam dentro do equipamento teriam ligado para o Corpo de Bombeiros três vezes, que só chegou 20 minutos depois.
Em seguida, um técnico de manutenção do elevador teria chegado com a chave para abertura do elevador para a continuação do salvamento.
As vítimas pretendem processar o shopping pela demora no socorro.
Nas redes sociais, o shopping informou que “um grupo de pessoas ficou preso em um dos elevadores do shopping, por excesso de peso” e que “um técnico da empresa foi chamado para liberar o grupo”. Ainda de acordo com o Top Shopping Nova Iguaçu, “os elevadores passam por manutenção semanal”.
Em relação a máquina que deu problema, a direção do estabelecimento informou que “o equipamento em questão se encontra parado aguardando parecer técnico da empresa especializada. Por norma técnica, nenhum funcionário do shopping pode mexer no equipamento, somente um técnico da empresa responsável ou bombeiro militar.”
Fonte: G1