O grupo Hamas aceitou um esboço de acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e para a libertação de dezenas de reféns. A informação foi confirmada por dois responsáveis envolvidos nas negociações à agência de notícias The Associated Press (AP).
A AP garantiu ainda que obteve uma cópia do acordo proposto, cuja autenticidade foi confirmada por um funcionário egípcio e por um funcionário do Hamas.
Fontes palestinas próximas das negociações para as tréguas na Faixa de Gaza, conduzidas pelo Hamas, afirmaram à Agence France-Presse (AFP) que cerca de mil prisioneiros palestinos seriam libertados durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo, em troca de 33 reféns.
Já num comunicado oficial, divulgado pela agência noticiosa EuropaPress, o Hamas confirmou que as negociações indiretas com Israel para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza em troca da libertação dos reféns raptados em 7 de outubro de 2023 e dos prisioneiros palestinianos nas prisões israelenses estão “na sua fase final”.
Os Estados Unidos, o Egito e o Qatar passaram o último ano tentando mediar o fim da guerra de 15 meses e garantir a libertação de dezenas de reféns capturados no ataque do Hamas. Cerca de 100 israelenses ainda estão presos em Gaza e os militares acreditam que pelo menos um terço destes está morto.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque executado pelo Hamas, que resultou na morte de 1.210 pessoas, a maioria civis, segundo um levantamento da agência de notícias AFP baseada em dados oficiais israelitas. Nesse dia, 251 pessoas foram também raptadas.
Mais de 46.500 pessoas, a maioria civis, foram mortas na campanha militar de retaliação de Israel em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU considera credíveis.
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