SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O helicóptero PR-PGC, que pertencia à empresa Helimarte Táxi Aéreo, caiu por volta das 14h35 desta sexta-feira (17) no bairro da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.
O major Yuri Moraes, do Corpo de Bombeiros, informou que são quatro vítimas fatais, todos homens: três de São Paulo e um do Rio de Janeiro. Eles viajavam do Guarujá para o heliporto do Campo de Marte, em Santana, na zona norte.
O coronel Carlos Alberto de Camargo Jr, dos bombeiros, crê que o piloto buscou o local na tentativa de um pouso em um ambiente aberto.
Os bombeiros enviaram nove viaturas para fazer o atendimento. No local também há equipes da Polícia Militar e Defesa Civil.
O IML (Instituto Médico Legal) encaminhou dois veículos para a remoção dos corpos. O primeiro deles deixou o local do acidente por volta das 17h10
A queda ocorreu na rua Padre Luís Alves Siqueira esquina com rua James Holland, atrás do Atacadão e próximo ao cruzamento entre as avenidas Abrahão Ribeiro e Norma Pieruccini Gianotti, passagem entre a avenida Pacaembu e a marginal Tietê.
O imóvel onde a aeronave caiu está abandonado e possui uma placa indicando que a área está em tramitação para futuro empreendimento de interesse social.
Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve reporte de problemas à torre de comando do aeroporto. Antes de cair dentro de uma empresa, a aeronave, modelo Robinson 44 Raven II, fabricada em 2007, colidiu contra um coqueiro e pedaços ficaram espalhados pela rua, como um fone de ouvido, fuselagem e um tênis. Não houve explosão. Uma parte da hélice ficou presa entre os galhos da árvore.
Uma peça foi parar no teto de um estabelecimento abandonado a cerca de 100 metros do local, na rua dos Americanos.
“Estava no farol olhando para o helicóptero. Ele deu uma guinada e de repente a hélice parou. Ele despencou como chumbo”, disse o propagandista Weber Boppré, 63.
advogado da Helimarte Táxi Aéreo, Sergio Gegers, conversou rapidamente com a imprensa e não quis fornecer a identificação das vítimas. Segundo ele, a empresa tem muitas aeronaves e é preciso precaução ao revelar quem foram as vítimas.
Gegers disse que a empresa vai prestar apoio aos investigadores e às famílias dos mortos e confirmou que a aeronave voltava de um voo ao Guarujá, no litoral paulista. Ele ainda confirmou que o piloto não reportou qualquer problema durante o percurso.
O helicóptero prefixo PR-PGC estava regularmente cadastrado na Anac (Agência Nacional de Avião Civil). De acordo com a base de dados da agência, a aeronave possui o CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) ativo e com validade até 8 de dezembro deste ano.
Técnicos da Defesa Civil fizeram vistoria no local logo depois do acidente e disseram que não houve danos a imóveis, já que o helicóptero colidiu contra o coqueiro. A Polícia Militar isolou a área para evitar a presença de curiosos.
No fim da tarde, técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e da Polícia Científica estiveram no local para tentar descobrir a causa do acidente.
No dia 5 de agosto do ano passado, um helicóptero caiu no bairro do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, deixando dois mortos.
O bimotor modelo Agusta A109-E, prefixo PP-JMA, da Majam Participações Ltda, teria saído do aeroporto de Congonhas, mas seu destino não foi divulgado.
E no dia 19 de outubro, outro helicóptero caiu no parque que fica entre as avenidas Túlio Teodoro de Campos e Jornalista Roberto Marinho, na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo.
Esse acidente deixou duas pessoas feridas. O piloto da aeronave, de 51 anos, que sofreu traumatismo craniano e foi transportado pelo helicóptero Águia da PM até o Hospital das Clínicas. E um mecânico de 38 anos, que foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) com fraturas nas pernas e braços.