Hezbollah ameaça EUA e retoma ataques contra Israel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Hezbollah, grupo libanês bancado pelo Irã, fez ameaças diretas aos Estados Unidos por terem posicionado um porta-aviões junto no leste do Mediterrâneo para sinalizar apoio à guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas, seu aliado.

Além disso, ele retomou ataques mais pesados contra o norte de Israel, elevando o risco de uma escalada regional do conflito.

“Nós somos mil vezes mais fortes do que antes”, disse nesta quarta (18) um dirigente do grupo, Hashem Saifeddine, a uma multidão que protestava em Beirute contra o bombardeio de um hospital em Gaza na véspera -apesar de as evidências apontarem que não foi um ataque aéreo de Israel o responsável, como o Estado judeu alega.

Ele disse que Joe Biden, que visitava Tel Aviv naquele momento, o premiê israelense Binyamin Netanyahu e os “europeus maliciosos” deveriam se cuidar. “A resposta ao erro que vocês podem cometer com nossa resistência será retumbante”, afirmou.

Ele se referiu especificamente ao apoio militar americano, que ainda inclui um segundo grupo de porta-aviões a caminho e mais aviões de ataque na região. “Porque o que temos é a fé, e Deus é mais forte que vocês, todos seus navios de guerra, todas suas armas”, disse.

O “dia de fúria” convocado pelo grupo foi demonstrado nas ruas do Líbano. Em outros pontos do planeta, houve disrupção: em Buenos Aires, as embaixadas dos EUA e de Israel foram evacuadas após uma ameaça de bomba não confirmada. O país lembra o trauma de 1994, quando foi alvo do maior ataque terrorista de sua história, que matou 85 numa associação judaica e sempre foi atribuído ao Hezbollah.

Há muita retórica do dirigente, claro, mas volta a elevar a preocupação que a crise leve os EUA a intervir, talvez bombardeando posições do Hezbollah, e que isso empurre o Irã para a guerra também.

Até aqui, Teerã tem jogado de forma ambígua, a julgar pelas declarações de seus líderes. Nega ter participado dos ataques terroristas do Hamas que iniciaram a crise atual, mas mantém seu apoio ao grupo. Afirma que a piora na crise é possível, mas sugere que seus aliados na região dão conta do recado contra Israel e nega querer uma guerra.

O que não se sabe é o que fica fora do microfone. Nesta quarta, uma sinalização veio de Jeddah, cidade saudita que sedia reunião da Organização Islâmica de Cooperação. Os chanceleres da Arábia Saudita e do Irã conversaram a sós sobre a crise, e para fins públicos demonstraram seu apoio aos palestinos, sem elevar o tom.

Mas, algumas horas depois, o governo de Riad emitiu um alerta para que seus cidadãos deixem o Líbano, deixando orelhas diplomáticas em pé na região. Irã e Arábia Saudita são rivais figadais na região, e o ataque do Hamas entre outras coisas mirou na aproximação entre o reino desértico e Israel.

Em 2016, os laços foram cortados, mas a China promoveu uma acomodação neste ano e as relações foram restabelecidas. Ato contínuo, diversos países aliados de Riad voltaram a termos com Teerã.

Até aqui, a elevação de temperatura no sul libanês é vista como uma forma de ambos os lados marcarem posição, com Israel contando com o apoio extra dos EUA, até porque uma guerra maior só favorece em tese o Hamas. Mas escaladas militares ocorrem às vezes por erro de cálculo.

Em campo, o Hezbollah fez questão de dar sinais para embasar o discurso inflamado de seus dirigentes. Após um dia de relativa calma militar, enquanto as ruas de Beirute eram palco de grandes protestos devido ao caso do hospital, o fim da tarde na região (fim da manhã no Brasil) viu uma nova rodada de violência.

O grupo atirou mísseis antitanque contra posições israelenses em pelo menos cinco pontos da fronteira, que Tel Aviv evacuou numa faixa de 2 km de largura para proteger civis, além de trocar fogo com os rivais. As IDF (Forças de Defesa de Israel) responderam com artilharia.

À noite, o Hezbollah lançou nove foguetes contra Israel, que disse ter interceptado quatro deles. Os restantes caíram, mas não há informação ainda se causaram algum dano. Um drone israelense também bombardeou uma posição do grupo no sul libanês.

Tel Aviv e o Hezbollah já travaram diversas guerras, a mais recente e violenta em 2006, que terminou com uma espécie de empate. De lá para cá, não dá para saber se o grupo libanês está “mil vezes mais forte” como propagandeia, mas é consenso entre analistas que amealhou, além da fama de bons guerreiros, um arsenal com talvez 150 mil mísseis e foguetes.

Se empregados, poderiam fazer um grande estrago na campanha israelense. Já a ameaça aos americanos tem um componente velado, que é a referência ao porta-aviões USS Gerald Ford e sua poderosa escolta na região.

O Hezbollah não tem mísseis antinavios, mas o Irã, sim. É bastante incerto se Teerã forneceria os modelos para seus aliados tentarem surpreender os americanos com um audacioso ataque naval, até porque as armas de Teerã são mais adequadas para uso a curta distância, no teatro do golfo Pérsico.

A última vez em que um porta-aviões americano foi atacado e afundado ocorreu em 1945, por forças japonesas perto de Iwo Jima, no Pacífico. Em 2000, um ano antes de o mundo ser apresentado a Osama bin Laden, a rede Al Qaeda promoveu um ataque ao destróier USS Cole, no porto de Aden (Iêmen). O navio não afundou, mas 17 pessoas morreram.

Fique por dentro!

Para ficar sabendo de tudo que acontece em Campos e região, siga o nosso instagram @ClickCampos

SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS

ClickCampos: Um portal de notícias de Campos 24 horas por dia

ClickCampos é conhecido por sua cobertura abrangente de eventos locais e outros temas significativos. Além disso, este resumo abordará a estrutura, conteúdo e relevância do site, com atualizações de Campos 24 horas por dia.

Estrutura do ClickCampos

O site desempenha um papel crucial na comunicação regional, servindo como a principal fonte de notícias para Campos dos Goytacazes 24 horas por dia. Portanto, abrange temas variados como política, economia, cultura e esportes, estabelecendo-se como um ponto de referência essencial para os residentes e interessados em notícias locais.

Interface e Usabilidade

A interface do ClickCampos é projetada para facilitar a navegação. Ela apresenta categorias de notícias de maneira clara e inclui uma função de busca eficiente. Consequentemente, a usabilidade do site é vital para seu sucesso, impactando diretamente na experiência do usuário.

Conteúdo e Engajamento com notícias de Campos 24 horas por dia.

O conteúdo do ClickCampos é constantemente atualizado, garantindo que as informações sejam sempre pertinentes e atuais. Além disso, o site proporciona uma variedade de artigos, editoriais e uma seção de vídeos, que enriquecem a oferta de conteúdo e aumentam o engajamento dos usuários de Campos 24 horas por dia. Por outro lado, a seção de comentários estimula a formação de uma comunidade ativa.

Redes Sociais

A presença de ClickCampos nas redes sociais é crucial para ampliar seu alcance e eficácia. Ademais, as redes sociais modernizam o acesso às informações, aumentam a visibilidade das notícias e facilitam o engajamento direto com a comunidade.

Ampliação do Alcance

As redes sociais permitem que ClickCampos alcance uma audiência mais ampla e diversificada. Por exemplo, ao compartilhar notícias no Facebook e no Twitter, o site consegue atrair especialmente os jovens, que talvez não o acessassem diretamente.

Engajamento e Interatividade

As redes sociais oferecem uma plataforma para engajamento direto com o público. Usuários podem comentar, compartilhar e interagir, o que não só aumenta a visibilidade das notícias, mas também promove discussões valiosas para a comunidade.

Resposta Rápida e Cobertura em Tempo Real

ClickCampos utiliza as redes sociais para fornecer atualizações rápidas e cobertura de eventos ao vivo, sendo essencial durante emergências. Essa prática reforça sua posição como uma fonte de notícias locais confiável. Notícias de Campos 24 horas por dia

Conclusão

ClickCampos é mais do que um simples site de notícias com atualizações de Campos 24 horas por dia; é uma plataforma integral para a comunidade de Campos dos Goytacazes. Além disso, a dedicação à reportagem local não só informa, mas também molda a interação comunitária. Finalmente, a otimização contínuaque o site expanda seu impacto e mantenha sua relevância na era digital.