Um homem que matou o próprio filho de oito semanas após o sacudir fortemente foi preso por mais de uma década na Austrália, segundo reporta o news.com.au.
Bradley Hooper, de 34 anos, foi apresentado esta terça-feira (12) no Supremo Tribunal de Vitória. Visivelmente emocionado, foi considerado culpado do crime de homicídio perante a família, incluindo a mãe dos seus outros dois filhos.
Após o incidente, o bebê foi encaminhado de urgência, já em estado crítico, para o Royal Children’s Hospital, em 30 de agosto de 2021. Uma ressonância magnética confirmou, depois, a existência de uma hemorragia cerebral irreparável, que levou a que o suporte de vida da criança fosse desligado no dia seguinte.
O juiz responsável pelo caso, Lex Lasry, considerou ainda que o pai tinha sido o autor de outros ferimentos observados no menino, incluindo fraturas nas costelas, nos braços e na pélvis. Porém, Bradley Hooper negou a autoria dos mesmos.
O tribunal teve ainda conhecimento de que o homem admitiu ter sacudido a criança por “cinco ou seis vezes”, num episódio de frustração, nos dias anteriores à morte da criança. Mais tarde, disse à polícia que a cabeça da criança tinha até “estalado para trás” uma ou duas vezes.
Alegou-se ainda que o suspeito teria feito várias pesquisas online no seu telefone, um dia antes da criança ser levada ao hospital, de modo de tentar saber “quanto tempo pode um bebê ficar sem oxigênio antes da morte cerebral”.
O juiz disse acreditar que o crime foi cometido por “exasperação e frustração” e que o pai não tivesse a intenção deliberada de causar ferimentos ao seu filho. Foi condenado a 11 anos de prisão – oito anos e seis meses dos quais devem ser efetivamente cumpridos antes que se torne elegível para liberdade condicional.