Servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira (15). Segundo o Sindicato dos Servidores Federais, as unidades vão funcionar com apenas 30% do quadro de funcionários. As cirurgias eletivas, consultas, e exames eletivos não oncológicos estão suspensos.
Durante a greve, apenas alguns serviços essenciais serão mantidos como: hemodiálise, diálise, quimioterapia e oncologia. A paralisação, por tempo indeterminado, afetou os atendimentos e mudou a rotina de pacientes na manhã desta quarta.
No Hospital Federal Cardoso Fontes, os servidores fizeram uma manifestação. Entre as principais reivindicações estão a recomposição salarial de 49%, a realização de concurso público, a renovação dos contratos, além da inclusão da categoria na carreira da ciência e da tecnologia e a reestruturação dos hospitais que atualmente estão sucateados.
Servidores do Hospital Federal de Bonsucesso colocaram placas anunciando a greve. Na unidade estão sendo atendidos apenas os casos de alta complexidade. No serviço de oncologia, que continua funcionando mesmo com a paralisação, as paredes têm infiltração e quando chove, cai água até do teto.
Negociação dura 9 meses
Já faz nove meses que os servidores estão em negociação com o governo federal.
“Nós queremos ter carreira que nos dignifique e valorize o serviço. Temos acordo de greve assinado que tinha 3 itens de pauta e o governo não cumpre. A gente não recebe valor da insalubridade, lida com doença infectocontagiosa, deveria receber grau máximo. A gente tem uma situação absurda”, diz Christiane Gerardo, diretora do Sindisprev.
Fonte: G1