Policiais civis da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) deflagraram, nesta quinta-feira (07/08), a “Operação Desfortuna”. O objetivo é desarticular um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online com indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As diligências ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Os alvos da operação são 15 influenciadores digitais que usam as redes sociais para divulgar o jogo popularmente conhecido como “Jogo do Tigrinho” e outros semelhantes. As investigações foram desenvolvidas de forma conjunta com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e com o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) da Polícia Civil.
Entre os investigados, está a influenciadora Campista, Tailane Garcia. Ela conta com mais de 4,5 milhões de seguidores nas redes sociais e viralizou com conteúdos de humor.
Veja quem são todos os influenciadores:
- Anna Beatryz Ferracini Ribeiro, a Bia Miranda: 9,7 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok
- Paola de Ataíde Rodrigues, a Paola Ataíde: 6 milhões
- Tailane Garcia dos Santos Laurindo, a Tailane Garcia: 4,5 milhões
- Paulina de Ataíde Rodrigues, a Paulina Ataíde: 4,4 milhões
- Maurício Martins Junior, o Maumau ZK: 3,5 milhões
- Rafael da Rocha Buarque, o Buarque: 2,8 milhões
- Jenifer Ferracini Vaz, a Jenny Miranda: 1,2 milhão
- Nayara Silva Mendes, a Nayala Duarte: 491 mil
- Lorrany Rafael Dias, a Lorrany Rafael: 343 mil
- Samuel Sant Anna da Costa, o Gato Preto: 294 mil
- Vanessa Vatusa Ferreira da Silva, a Vanessinha Freires: 203 mil
- Tailon Artiaga Ferreira Silva, o Mohammed MDM: 195 mil
- Ana Luiza Ferreira do Desterro Guerreiro, a Luiza Ferreira: 112 mil
- Micael dos Santos de Morais, da Agência MS: 15 mil
Segundo os agentes, as postagens realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para essas plataformas de apostas, que são proibidas no país.
No decorrer das investigações, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor. Relatórios de inteligência financeira do COAF revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.
Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também identificou conexões entre alguns envolvidos e indivíduos com antecedentes ligados ao crime organizado, o que elevou o grau de complexidade da investigação.
*Matéria com informações da Polícia Civil e g1*