Durante uma audiência de custódia realizada no último domingo (22), o Juiz Adones Henrique tomou a decisão de conceder liberdade provisória à professora suspeita de proferir injúria racial contra a diretora adjunta da Creche Escola Municipal Carlos Roberto Nunes de Carvalho, localizada no bairro Boa Vista, em Campos. A suspeita, no entanto, não pôde estar presente na audiência devido à sua hospitalização desde a prisão em flagrante.
Na decisão, o juiz homologou a prisão em flagrante e estabeleceu medidas cautelares que incluem o comparecimento bimensal ao tribunal a partir de novembro de 2023, a proibição de se ausentar da comarca por mais de quinze dias, a menos que haja autorização expressa do juízo natural, e a obrigação de manter um endereço atualizado.
Relembre o caso:
Na tarde da última quarta-feira (18) uma professora da Creche Escola Municipal Carlos Roberto Nunes de Carvalho, no Parque Bela Vista, em Campos, foi presa por injuria contra uma diretora adjunta.
Por volta das 15h50, a diretora adjunta estava na secretaria da creche quando ouviu um barulho alto vindo de uma sala próxima e decidiu investigar o que estava acontecendo. Ela passou em frente à porta da sala onde a professora identificada pelas iniciais V.M.S estava ministrando aula e notou que uma discussão estava ocorrendo entre a professora e um aluno.
Segundo relatos, a professora dirigiu-se agressivamente a diretora, questionando: “É O QUE?. A diretora adjunta não respondeu e retornou à sala da secretaria. No entanto, Valeria continuou suas ameaças, dizendo: “NEGRA RUIM. VOU TE ENFORCAR ATÉ A POLÍCIA CHEGAR E VOU TE MATAR AQUI DENTRO.”
Tanto a diretora adjunta quanto a diretora da creche, A.F.R.L, testemunharam as palavras ameaçadoras proferidas pela professora. Diante da gravidade da situação, a diretora adjunta decidiu contatar a Polícia Militar, que prontamente respondeu ao chamado e se dirigiu ao local para lidar com a situação.
Ao chegar à creche, os policiais conversaram com a professora, que aparentava estar bastante agitada. Inicialmente, ela concordou em acompanhar os policiais até a Unidade Policial Judiciária (UPJ). No entanto, em seguida, alegou estar passando mal e foi levada ao Hospital da Unimed, onde permanece até o momento.