A Justiça do Rio manteve a prisão de Jhonatan de Souza Silva, preso em flagrante por ameaçar a ex-esposa de morte, nesta quarta-feira (26).
Durante audiência de custódia, o juiz Diego Fernandes Silva Santos decidiu converter a prisão para preventiva, enquanto durar a investigação, para não prejudicar os depoimentos nem a segurança da vítima.
Antes de ser preso, Jhonatan enviou uma foto de um casal em um caixão e disse que estava decidido a matar a ex se ela não reatasse o casamento. Juntos, eles têm dois filhos, sendo o caçula de 7 anos.
A mulher conta que há meses tem se sentido amedrontada e ameaçada por ele. Jhonatan foi preso em flagrante por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, depois de ameaçar novamente a vítima.
Por não aceitar o relacionamento, ele chegou a quebrar o carro da vítima, conforme ela conta. Foi quando ela procurou a polícia pela primeira vez. Foram mais três idas à delegacia para conseguir a medida protetiva.
“Eu fui depois de ele entrar na minha casa para me coagir, me xingando e dizendo que ia quebrar a minha casa toda, agrediu pessoas da minha família. O medo toma conta todos os dias”, relembra ela.
“Eu emagreci 9 kg, meu rosto está manchado. E não durmo, com medo. Eu saía com medo dele ir atrás de mim. As crises de ansiedade são constantes. Quando ele quebrou meu celular e me ameaçou na frente de todos em um bar, eu tomei um remédio para dormir e só acordei dois dias depois de tanto desespero”, desabafa ela.
Antes de ser preso, ele chegou a dizer, em um aplicativo de mensagens, que estava decidido a matar a ex, caso ela não reatasse o casamento. A uma amiga em comum do casal, ele contou que já havia estado na casa da vítima enquanto ela dormia com o filho, sem que ela soubesse.
Segundo a mulher, no sábado (22) ele ainda foi atrás dela em um bar. De acordo com as investigações, a mulher já tinha bloqueado perfis de Jonathan nas redes sociais e tinha conseguido na Justiça duas medidas protetivas contra o ex.
Ela foi à Deam de Nova Iguaçu e fez uma nova queixa. “Ela tentava escapar dele, mas ele não deixava. Nós, agora, esperamos que essa vítima tenha um pouco de sossego, de paz. Nós estamos aqui para ajudar as vítimas. Venha, denuncie, confie na Polícia Civil”, disse a delegada Mônica Areal.
Fonte: G1