Em um ato de bravura e superação, um leão chamado Jacob, que perdeu a pata traseira esquerda em uma armadilha de caçadores, nadou por mais de 1,5 km em um lago infestado de crocodilos e hipopótamos em busca de uma leoa para acasalar. A façanha, considerada a travessia a nado mais longa já registrada para um leão, aconteceu no Parque Nacional Rainha Elizabeth em Uganda, em fevereiro de 2024.
Ao lado de seu irmão Tibu, Jacob foi atraído pelo chamado de uma leoa na margem oposta do Canal Kazinga. Motivado pelo instinto de reprodução, ele ignorou os perigos que o cercavam, incluindo a profundidade de 18 metros do lago e a presença de predadores mortais.
A jornada não foi fácil. Jacob e Tibu já estavam feridos de uma luta territorial anterior, e a presença de hipopótamos agressivos os obrigou a voltar atrás em duas tentativas de travessia. Mas a perseverança de Jacob prevaleceu. Em uma terceira tentativa, com o caminho livre, os irmãos finalmente cruzaram o lago com sucesso.
A façanha épica de Jacob foi registrada por câmeras com tecnologia de leitura térmica e se tornou a nado mais longa já documentada para um leão. A história foi publicada na revista científica Ecology and Evolution, onde o biólogo Alexander Braczkowski a descreveu como uma experiência “dramática”.
Embora Jacob tenha demonstrado bravura e resiliência excepcionais, seu futuro e o de seus semelhantes permanecem incertos. Com apenas 40 leões vivendo no parque e um desequilíbrio entre os sexos (2 machos para cada fêmea), a população enfrenta perigos constantes.
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