(FOLHAPRESS) Em 06/08/2024 13h40A repressĂŁo colocada em prática na Venezuela produziu um feito raro: a lĂder opositora MarĂa Corina Machado divulgou mensagem Ă sua base nesta terça-feira (6) sem mostrar sua imagem. É algo pouco comum para o rosto da mobilização opositora no paĂs de Nicolás Maduro.
A mensagem tambĂ©m tem tom distinto do que vinha sendo divulgado atĂ© aqui. Agora MarĂa Corina fala em uma “pausa operativa” necessária. “O medo nĂŁo vai nos paralisar, teremos perseverança e resiliĂŞncia, mas isso nĂŁo significa que estaremos sempre nas ruas”, diz pausadamente.
“Ă€s vezes estamos incessantemente em ação. Mas nem sempre estamos ativos. Uma pausa operativa Ă© necessária para assegurar que todos os elementos da estratĂ©gia estĂŁo alinhados e prontos para a ação.”
Nesta semana em que a repressĂŁo escalou no paĂs, MarĂa Corina e o candidato opositor Edmundo González, que representou a coalizĂŁo nas urnas apĂłs a inabilitação da liberal para concorrer a cargos pĂşblicos, afirmaram estar resguardados para se protegerem.
ApĂłs a dupla publicar carta aberta aos militares e policiais nesta segunda-feira (6) se descrevendo como “presidente eleito” e “lĂder das forças democráticas na Venezuela” e pedindo apoio das Forças Armadas, o MinistĂ©rio PĂşblico aliado ao chavismo anunciou uma investigação penal contra eles por incitar insurreição.
O prĂłprio fato de MarĂa Corina nĂŁo aparecer na imagem teria relação com o resguardo e a tentativa de nĂŁo fornecer elementos visuais que ajudem a identificar em qual local a lĂder opositora está.