Lula diz que não terceiriza responsabilidade por queimadas e critica Musk em discurso na ONU

NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (24), que seu governo não terceiriza responsabilidade pela onda de queimadas que assola o Brasil. Ele também usou o discurso para fazer uma crítica velada ao empresário Elon Musk, dono da rede social X, banida do Brasil por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

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“O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. Furacões no Caribe, tufões na Ásia, secas e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de mortes e de destruição”, disse Lula.

“No Sul do Brasil tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania”.

Em outro trecho de seu discurso, Lula fez uma referência a Musk, sem mencioná-lo nominalmente. “O futuro de nossa região [América Latina] passa, sobretudo, por construir um Estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrenta todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei”, declarou

“A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras. Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital”.

Lula discursou na manhã desta terça na 79ªedição do encontro, em Nova York. Como é tradição, o presidente brasileiro foi o primeiro líder a falar, depois do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do presidente da Assembleia-Geral, Philemon Yang (Camarões).

O pronunciamento do petista durou cerca de 19 minutos, quatro a mais do que o pedido pelo presidente da assembleia. Ao contrário do que ocorreu dois dias atrás, durante a Cúpula do Futuro, ele não teve o microfone cortado quando excedeu o tempo.

Lula abordou em seu discurso as guerras na Ucrânia e em Gaza. No caso do Leste Europeu, ele divulgou a iniciativa que seu assessor internacional, Celso Amorim, e o regime chinês impulsam conjuntamente para tentar estabelecer um processo de paz -a proposta é rejeitada pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.

“Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento. Essa é a mensagem do entendimento de seis pontos que China e Brasil oferecem para que se instale um processo de diálogo e o fim das hostilidades”, afirmou.

No caso do Oriente Médio, ele criticou ações de Israel e disse que o que começou com um ato terrorista se tornou “punição coletiva de todo o povo palestino”.

“O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”, disse. No início de sua fala, Lula fez um cumprimento especial à delegação palestina e foi aplaudido.

Lula também prestou solidariedade a Cuba e criticou as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos contra a ilha. Mas não fez qualquer menção à deriva autoritária na Venezuela. O ditador Nicolás Maduro é aliado histórico do petista, mas os dois têm se distanciado na medida em que o chavista aprofunda a repressão contra adversários no país vizinho.

O presidente brasileiro usou a parte final de sua fala para defender uma ampla reforma das instituições globais de governança, principalmente da ONU e do seu Conselho de Segurança -uma demanda histórica da diplomacia brasileira. Lula defendeu mudanças no colegiado que envolvam sua composição, métodos de trabalho e o direito de veto.

“A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial”, afirmou o presidente.

Lula discursou no mesmo plenário da Assembleia-Geral no domingo (22), durante a Cúpula do Futuro. O evento foi iniciativa de Guterres, que tenta construir um legado diante dos questionamentos sofridos pela entidade. Durante a cúpula, Lula disse que o atual ritmo de implementação das metas de desenvolvimento sustentável acordadas pela ONU caminha para ser um fracasso coletivo.

A fala do presidente na Assembleia-Geral da ONU ocorre num momento em que o governo federal é pressionado por graves incêndios em diferentes biomas.

Brasil enfrenta a maior estiagem já registrada, com recordes de incêndios, cidades sob fumaça e rios com baixo volume de água ou em níveis desérticos. Além da repercussão internacional, o tema virou um problema de política interna para Lula, com governadores da oposição cobrando uma maior atuação na esfera federal.

A pauta do meio ambiente ganhou um contexto ainda mais central na agenda internacional de Lula uma vez que o país presidirá, no ano que vem, a conferência do clima da ONU -a COP30.

A reforma da governança global, por sua vez, é o principal tema de participação do chefe do Executivo na Assembleia-Geral deste ano. Lula participa pela nona vez do encontro das Nações Unidas.

O argumento da diplomacia brasileira é que as estruturas atuais, muitas desenhadas no pós-guerra, não refletem a atual geopolítica internacional.

Em seu pronunciamento em 2023, Lula falou sobre inclusão social, combate à fome e proteção ao ambiente -em particular a defesa da soberania e da preservação da Amazônia. O pronunciamento do ano passado foi desenhado para transmitir a mensagem de que o Brasil estava de volta à arena internacional depois de quatro anos de isolamento do bolsonarismo.

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