Duas mulheres, mãe e filha acusadas de estelionato, se entregaram na manhã da última segunda-feira (05) à 134ª Delegacia de Polícia do Centro de Campos. Elas foram denunciadas em 2023 pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ). As vítimas sofreram um prejuízo total de R$ 234.600,00.
As duas faziam parte de uma quadrilha que aplicava golpes com a promessa de investimentos em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês. A empresa envolvida, A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio de contas “copy”.
Segundo a denúncia, após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial em 1º de dezembro de 2021, comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores pagos em até 90 dias, o que não foi cumprido. Ana Cláudia chegou a ser presa em novembro de 2023, mas foi solta. Ela e seu marido, Gilson André Braga dos Santos, foram detidos no Paraguai.
Relembre o caso:
Em outubro de 2023, o GAECO/MPRJ e a Polícia Civil, através da 134ª Delegacia de Polícia, deflagraram a operação Príncipe do BitCoin para cumprir mandados contra os quatro denunciados. A quadrilha agia desde 2016, aplicando o golpe da pirâmide financeira com investimentos no mercado financeiro. Segundo os promotores do GAECO/MPRJ, a A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli fez mais de 43 vítimas, prometendo retornos altos e fixos. Investigações também revelaram que os criminosos criaram outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, para continuar o esquema.
A operação Príncipe do BitCoin denunciou Gilson André Braga dos Santos, Ana Cláudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes pelo crime de estelionato através de criptomoedas. Eles aplicaram o golpe da pirâmide financeira em mais cinco moradores de Campos.