Lori Vallow, uma mãe americana seguidora de teorias da reencarnação e integrante de uma seita mórmon radical, foi declarada culpada nesta sexta-feira (12) pela Justiça do estado de Idaho, informou a France Presse. Ela foi acusada pelo assassinato de seus dois filhos, de 7 e 16 anos, e também por cumplicidade no assassinato da ex-mulher de seu novo marido, Chad Daybell, autor de livros esotéricos e apocalípticos.
A investigação revelou que Vallow considerava seus próprios filhos como “zumbis”. O juiz descartou a pena de morte, mas a sentença ainda não foi divulgada. Além dos crimes relacionados aos assassinatos, o casal foi investigado por fraudes, já que Vallow continuou recebendo subsídios familiares mesmo após a morte das crianças.
Vallow, que se proclamava uma salvadora da humanidade, alegou inocência durante o julgamento, realizado no estado de Idaho. Chad Daybell aguarda um julgamento separado para responder por suas ações.
O caso teve início em 2019, com o desaparecimento dos dois menores, que foi reportado pelos avós de uma das crianças. A investigação tomou um rumo macabro quando a polícia descobriu uma série de mortes relacionadas a Lori Vallow e Chad Daybell.
Em 2018, o terceiro marido de Vallow morreu de um aparente ataque cardíaco. No ano seguinte, seu quarto marido foi baleado pelo irmão de Lori, alegando legítima defesa. Pouco tempo depois, esse último marido foi encontrado inconsciente em sua residência e acabou falecendo.
Em outubro de 2019, a ex-mulher de Chad Daybell, Tammy, morreu aparentemente de causas naturais. Poucas semanas depois, Lori e Daybell se mudaram para o Havaí e se casaram.
Os corpos dos dois filhos de Lori Vallow, vistos pela última vez em setembro de 2019, foram encontrados em junho de 2020, cerca de nove meses após o desaparecimento, perto da residência de Daybell em Rexburg. O caso ganhou destaque e até inspirou uma série da Netflix lançada em janeiro deste ano, despertando o interesse do público pela trágica história por trás desses crimes chocantes.