Matheus Takaki é o segundo brasileiro que estava se classificando às Olimpíadas a ser suspenso por doping só neste mês. Melhor do país na categoria até 60kg do judô, ele poderá voltar a competir na semana que vem, depois de uma punição retroativa de seis meses. Ele perdeu resultados e não tem mais chances de ir a Paris.
O judoca da Sogipa e da Marinha testou positivo para Clomifeno, uma substância usada no tratamento de câncer de mama. No meio esportivo, ela é usada para diminuir a aromatização do excesso de testosterona em estrogênio. Em outras palavras: usada para encobrir doping por anabolizante.
Takaki não foi julgado e a punição dele é por acordo, aplicada pela Federação Internacional de Judô (IJF). Começa a valer em 26 de outubro do ano passado, quando ele se colocou em suspensão provisória, e termina em 25 de abril. A defesa dele diz que foi comprovada a contaminação por um suplemento alimentar.
No começo do mês, o Brasil já havia perdido também por doping Caroline de Melo Thomaz, outra atleta que apresentou crescimento exponencial de resultados recentemente. Ela testou positivo para um esteroide anabolizante em exame surpresa conduzido pela ABCD e estava na zona de classificação à Olimpíada nos 110m com barreiras.
No atletismo, a World Athletics denunciou que o Brasil tem feito pouco controle surpresa de doping, e estipulou regra que só atletas que passarem por três exames nos 10 meses que antecedem os Jogos podem ir a Paris.
A regra não vale no judô, esporte que tem incidência de doping muito menor. Atualmente, só três atletas estão suspensos por doping pela IJF. Na Olimpíada passada o Braisl já não contou com Rafaela Silva, suspensa por doping.